Impressionante: este seria o rosto de uma jovem da Idade da Pedra

25/01/2018 às 08:302 min de leitura

No finalzinho do ano passado, nós do Mega Curioso compartilhamos por aqui o impressionante trabalho de reconstrução do rosto de uma rainha peruana que viveu há 1,2 mil anos realizado por um artista forense sueco chamado Oscar Nilsson. Você pode conferir a matéria completa através deste link, e, nela, explicamos o minucioso processo que Oscar segue para recriar as feições de pessoas falecidas há muito, muito tempo.

Mas, antes de darmos uma breve pincelada nas etapas que o sueco segue para reconstruir rostos do passado, dê só uma olhadinha no último modelo que Oscar concluiu. Trata-se da face de uma jovem que viveu há 9 mil anos, durante a Idade da Pedra! Confira:

Reconstrução de faceNão é impressionante? (National Geographic/Oscar Nilsson)

Jovem milenar

De acordo com Sarah Gibbens, da National Geographic, a reconstrução foi apresentada durante a semana passada no Museu da Acrópole de Atenas, na Grécia, e mostra a possível aparência de uma jovem de aproximadamente 18 anos de idade cujo esqueleto foi deixado em uma caverna chamada Theopetra, que consiste em um importante sítio arqueológico situado ao sul de Kalambaka, na Tessália, região central do país.

Reconstrução de rosto humanoUma das fases da reconstrução realizada por Oscar (IFLScience!/Oscar Nilsson)

Segundo Sarah, a caverna guarda evidências da presença humana — como pegadas, cinzas de antigas fogueiras, ferramentas feitas de pedras e ossos — de períodos abrangendo 45 mil anos e se trata do único sítio arqueológico na Grécia com ocupação comprovada desde a metade do paleolítico até o neolítico.

No caso da ossada da jovem em questão, eles foram encontrados durante escavações conduzidas nos anos 90, e análises realizadas em sua arcada dentária apontaram que ela viveu por volta do ano 7 mil a.C. Ela foi batizada de “Avgi” e o time liderando os estudos nos fósseis contatou Oscar para que ele recriasse seu rosto.

Processo minucioso

O sueco seguiu mais ou menos o mesmo processo usado para reconstruir o rosto da rainha peruana, ou seja, para não correr o risco de danificar o crânio de Avgi, ele fez uma cópia digital da peça e imprimiu uma réplica tridimensional. Depois ele coletou informações com os cientistas que realizaram os exames nos ossos da jovem para determinar seu peso estimado, idade, etnia, sexo etc. e, com base nesses parâmetros, pôs a mão na massa.

Oscar explicou que através dessas informações todas, com dados obtidos por meio de exames de DNA e com o crânio em mãos, é possível determinar aspectos como a tonalidade da pele e dos cabelos, assim como a espessura dos músculos da face e outros tecidos com bastante precisão.

No entanto, o sueco faz questão de enfatizar que os elementos que conferem “vida” às suas reconstruções são elementos como orelhas, cabelos, olhos e a pele de silicone, bem como as expressões que ele esculpe em suas criações. E, para selecionar esses detalhes todos, ele se dá ao luxo de tomar um pouco de liberdade artística.

Reconstrução de face humanaO rosto de Avgi ainda em fase de reconstrução (IFLScience!/Oscar Nilsson)

O artista levou aproximadamente 220 horas para concluir o rosto de Avgi, e vale lembrar que, mesmo com alguma liberdade criativa, existem levantamentos que comprovam que os resultados costumam ser bastante próximos da aparência real da face reconstruída. Tanto que, conforma mencionamos na matéria sobre a rainha peruana, das vítimas desconhecidas de crimes, cerca de 70% delas são identificadas após a reconstrução forense ser realizada.

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