Artes/cultura
18/02/2018 às 07:00•1 min de leitura
Cientistas encontraram evidências que indicam que pedaços de um gigante cometa colidiram com a Terra aproximadamente 12,8 mil anos atrás, deixando diversas áreas do nosso planeta em chamas, causando uma nova Era de Gelo e levando muitas espécies à extinção.
A teoria não é nova: cientistas já haviam imaginado esse cenário, mas só agora encontraram evidências que o suportam. O mais curioso é que o evento ocorreu logo após outra Era de Gelo, ou seja, foi uma seguida de outra.
Dois estudos publicados no The Journal of Geology – “A Revista de Geologia”, em tradução livre, publicação dos Estados Unidos que divulga pesquisas sobre o tema desde 1893 – descrevem que amostras tiradas do gelo e de sedimentos respaldam a mudança climática impulsionada pelo impacto, um período conhecido como “Dryas recente”.
De acordo com os pesquisadores, análises das amostras, formadas na época dos impactos e retiradas de dezenas de lugares ao redor do mundo, sugerem que os gigantescos incêndios que se formaram acabaram criando uma nuvem no céu que bloqueou o Sol, levando a uma era de gelo que durou aproximadamente mil anos.
A teoria indica que o responsável foi um grande cometa fragmentado e os pedaços, que impactaram a Terra causando o desastre. Uma variedade de “assinaturas químicas” – dióxido de carbono, nitrato, amônia, entre outros – indica que nada menos que 10% da área terrestre do planeta foi consumida pelo fogo.
Essa teoria também pode resolver um mistério: a extinção em massa de alguns mamíferos que viviam na América do Norte, incluindo tigres-dente-de-sabre, mamutes, preguiças-gigantes e mastodontes, ocorrida há 11 mil anos.
Segundo os cientistas, o cometa tinha originalmente 100 km de diâmetro e o que sobrou ainda está orbitando o Sistema Solar. Além disso, os cálculos sugerem que o impacto teria afetado seriamente a camada de ozônio, potencializando o risco de câncer de pele e outros efeitos negativos para a saúde.