Artes/cultura
04/03/2018 às 05:00•1 min de leitura
Batalhas entre gladiadores eram comuns no Império Romano. Não só no famoso Coliseu, mas também em outras diversas arenas, hoje espalhadas pelo mundo, homens e animais batalhavam, se tornando famosos e divertindo a população.
Esse costume começou como uma forma elaborada de sacrifício humano, mas durante o Império o foco das batalhas era principalmente o entretenimento. Apesar de termos a impresão de que eles eram obrigados a lutar, alguns se voluntariavam, colocando suas vidas em jogo. Mas se as batalhas fossem tão mortais assim, valeria a pena?
Hoje sabemos que os riscos não eram tão grandes, principalmente para os gladiadores que já possuíam fama, e o motivo é bem conhecido por todos: dinheiro. Para que as batalhas fossem interessantes, era necessário que tivessem treinamento, acomodação e alimentação, criando assim guerreiros para o entretenimento.
Dadas as devidas adaptações, podemos comparar as batalhas a lutas de MMA atualmente, nas quais felizmente os lutadores não treinam para morrer nem usam armas, pois em escavações arqueológicas foram encontrados mosaicos que possuíam a imagem de gladiadores, provando que existia torcida por lutadores específicos. Inclusive, existem até relatos de imperadores que possuíam pôsters mostrando os mais populares.
Como o objetivo das batalhas era distrair a população, e ela adorava demonstrações de coragem, eram utilizados também animais e cenários para que situações fossem criadas, mais ou menos como um teatro com risco de morte.
Hoje estima-se que a chance de um gladiador sair vivo era de aproximadamente 90%. Apesar de ser possível conseguir fama e riqueza, eles ainda eram escravos, e poucos conseguiam se libertar pela batalha. De qualquer forma, quem quisesse ver a carnificina real chegava mais cedo na arena, pois nesse período os criminosos condenados e presos políticos eram colocados para lutar — mas, nesse caso, sem nenhuma fama ou glória.