Estilo de vida
08/03/2018 às 09:00•3 min de leitura
Você já viu algum objeto ou luz estranha no céu que não era estrela, avião, helicóptero, balão nem o Super-Homem? Se sim, você pode ter visto uma nave pilotada por seres de outros planetas, pelo menos de acordo com quem acredita que somos visitados periodicamente por povos vindos de outras partes do Universo.
Ao longo da história, milhões de casos que vão desde o avistamento de OVNIs até uma troca de ideias com um amigo alienígena já foram relatados. Mas como, além de investigar se aqueles testemunhos são confiáveis, é possível classificar os diferentes níveis de contatos com civilizações de fora da Terra?
Em 1972, o astrofísico Josef Allen Hynek, que havia trabalhado junto à Força Aérea norte-americana entre 1948 e 1969 em projetos relacionados justamente às aparições de discos voadores nos céus dos Estados Unidos, lançou o livro “The UFO Experience: A Scientific Inquiry”. Nele, a ideia de categorizar tais encontros ganhou popularidade e recebeu o nome de Escala Hynek.
“Eu comecei o trabalho de maneira bastante cética, até mesmo porque pensava que tudo não passava de uma tensão pós-Segunda Guerra Mundial. Mas a persistência dos fenômenos me fez acreditar que estávamos lidando com alguma coisa real ali”, declarou o astrofísico em entrevista realizada em 1977.
Hynek dividiu os relatos em seis níveis de intensidade (ou intimidade):
A maior parte das histórias e imagens de avistamentos de OVNIs fica no primeiro degrau dessa escala. São aquelas luzes não facilmente identificáveis. Você não sabe exatamente o que está vendo, mas sabe que os movimentos, o brilho e as cores não se parecem com nada a que está acostumado a ver no céu noturno.
Com o Sol iluminando o nosso dia, fica mais difícil ser enganado por objetos misteriosos no céu. Aquele bom e velho dirigível da Goodyear até chegou a assustar muita gente, mas estava lá graças à tecnologia humana mesmo. Aqui são classificados aqueles avistamentos de clássicos discos voadores metálicos que muitas vezes desaparecem em velocidades de outro mundo.
Quando as histórias contadas pelas pessoas são confirmadas por pontos não identificados em radares que controlam todas as movimentações do espaço aéreo, aí o caso sobe mais um degrau na Escala Hynek.
Aqui o negócio começa a ficar mais intenso, e se você assistiu ao clássico “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”, sabe para qual rumo esta lista está seguindo. No considerado primeiro grau, o objeto voador é visto a menos de 180 metros de distância, mas fica tranquilo, sem interagir com pessoas ou animais.
Aqui a nave alienígena já decidiu aprontar alguma coisa e causou interferência física no terreno ou nos seres vivos do local. São casos, por exemplo: pessoas que sentiram diferenças de temperaturas quando próximas ao objeto, animais que foram psicologicamente afetados pela presença do desconhecido ou vegetações que foram amassadas.
Bom, este é o nível que ganhou até um filme dirigido por Steven Spielberg contando com a consultoria do próprio Hynek. No caso, o avistamento deixa de ser somente das naves espaciais e passa a ser também dos seres que estão dentro delas. No cinema, o contato foi além, mas não vamos dar esse spoiler, mesmo sendo de uma obra produzida em 1977.
Após a morte do astrofísico, em 1986, sua escala começou a receber algumas sugestões de atualizações e mais quatro níveis foram popularizados no mundo da ufologia:
Aqui a pessoa não só avistou a nave, como também foi para dentro dela. São os famosos casos de abduções. Na maioria dos relatos desse tipo, o abduzido foi submetido a diferentes tipos de testes e experimentos dirigidos por seres extraterrestres. Filmes como “Fogo no Céu” e “The Fourth Kind” abordam essa temática e são capazes de dar medo até em quem não acredita em ETs.
Em outros relatos, os abduzidos não foram tratados com violência (em nome da ciência?), mas sim através da diplomacia. Neste nível são considerados os casos de comunicação compreensível entre seres deste e de outros planetas.
Quando uma morte de pessoa ou animal é relacionada a um contato extraterrestre, seja provocada pela nave ou por seus tripulantes intergalácticos.
Neste ponto é difícil julgar se seria uma questão violenta, diplomática, científica ou até mesmo amorosa, mas Hynek poderia ficar frustrado com o resultado da expansão da sua lista original. No grau mais alto da escala, são criados seres híbridos entre homens e extraterrestres, por métodos tanto artificiais quanto “naturais”.