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23/03/2018 às 12:31•2 min de leitura
Você já deve ter visto o “ser” da imagem acima, né? Nós já falamos sobre ele aqui no Mega Curioso, e se trata de uma criatura que foi descoberta no Deserto do Atacama, no Chile, em 2003, por um homem chamado Oscar Muñoz, que estava vasculhando uma igreja situada em uma cidade fantasma em busca de artefatos de possível interesse histórico.
(Sirius Disclosure)
O humanoide foi batizado de Ata e foi encontrado envolto em tecidos brancos e, evidentemente, despertou bastante interesse, especialmente da galera acredita que o nosso planeta é visitado por seres extraterrestres e que adora uma bela teoria da conspiração. Mas o achado também chamou a atenção de cientistas — que realizaram uma porção de exames e testes com a criatura.
Lá na nossa matéria — publicada em 2013 (nossa... como o tempo passa!) e que você pode conferir através deste link —, a gente explicou que um time de pesquisadores tinha estabelecido que o humanoide tinha menos de 15 centímetros de comprimento e que, apesar da aparência alienígena, se tratava de um humano.
(Business Insider/Emery Smith)
Na época os exames revelaram que se tratava de um humanozinho com 10 pares de costelas em vez de 12, como seria o normal, que ele apresentava dentição normal e que seu crânio mostrava uma evidente protuberância que dava a ele uma aparência ovalada. Além disso, os determinaram que, apesar de o corpinho ser diminuto, ele apresentava um estágio de desenvolvimento ósseo consistente com o de crianças de seis a oito anos de idade.
Pois, então, os cientistas também coletaram amostras de DNA da medula do pequeno cadáver — e agora, quase cinco anos depois, foram divulgados os resultados do mapeamento genético. Os testes confirmaram o que já — meio que — se sabia faz tempo: que se trata de uma criança que nasceu com uma porção de mutações genéticas raras e bastante severas, especialmente nos genes envolvidos na formação e desenvolvimento ósseo.
O mapeamento mostrou que o cadáver é de uma menina e que sua mãe era de origem chilena. Ademais, os exames apontaram que a criancinha apresentava uma combinação de mutações que nunca foram documentadas antes em um humano. Mas não pense que isso quer dizer que a criança seja fruto de um relacionamento entre a mãe dela e um visitante extraterrestre! Na verdade, os resultados revelaram que o pai era de origem europeia — e puseram em evidência o quanto ainda não se sabe sobre o nosso próprio DNA.
(Sirius Disclosure)
Voltando aos resultados, os cientistas encontraram 54 mutações em genes diferentes — algumas delas jamais vistas antes, conforme mencionamos. Como os genes afetados estão relacionados com o desenvolvimento morfológico, e estão relacionados com o surgimento de problemas como nanismo extremo, anomalias nas costelas e osteocondrodisplasia ou displasia óssea, condições que explicariam a aparência peculiar.
(Sirius Disclosure)
Outra coisa que ficou clara depois das novas análises é que o pequeno cadáver provavelmente viveu a partir do século 16, depois da colonização europeia do Chile e, embora a menina apresentasse desenvolvimento ósseo avançado, ela provavelmente morreu ainda no útero da mãe ou logo após nascer. E outro detalhe: definitivamente, o “Alien do Atacama” é de origem tão humana quanto você ou eu.