Artes/cultura
30/03/2018 às 12:00•2 min de leitura
Na verdade, é supersimples. O que acontece é que na Toscana – região natal de Galileu, que nasceu em Pisa – era comum dar ao primogênito um nome baseado no nome da família (Galilei).
Talvez seja estranho pensar no pai da ciência moderna debatendo astrologia; porém, na época de Galileu, a astrologia ainda estava começando a ser vista como algo separado da astronomia. Sem contar a questão financeira: um professor capaz de ensinar astrologia era um diferencial que atraía vários alunos.
O que Galileu fez foi comprar o objeto e melhorar o design e a funcionalidade do telescópio, aumentando o seu poder de ampliação. Embora haja alguns créditos da invenção por aí, não se sabe com certeza quem foi o criador do instrumento.
O cientista era um mestre da perspectiva – uma habilidade que certamente ajudaria muito na carreira artística –, e seus desenhos da Lua são realmente muito bons e demonstram muita técnica.
Ele não escreveu exatamente do mesmo jeito que Einstein nem se aprofundou muito. Mas Galileu já compreendia muito bem que o movimento é relativo, de modo que a sua percepção de movimento tem a ver com o seu próprio movimento. Duzentos e cinquenta anos depois, essas ideias seriam uma base para o jovem Einstein aprofundar sua hoje tão conhecida Teoria da Relatividade.
Galileu nunca se casou porque em sua época era tradicional que estudiosos permanecessem solteiros. Mas mesmo assim, ele teve um relacionamento muito próximo de uma mulher de Veneza, e juntos eles tiveram três filhos.
Vincenzo Galilei era músico e professor de música, e muitas de suas composições sobreviveram até hoje e podem ser encontradas em CD.
Shakespeare e Galileu nasceram no mesmo ano (1564), e embora Shakespeare tenha morrido 26 anos antes do cientista, ele ainda teve tempo de escrever em uma das suas últimas peças uma referência a uma das maiores descobertas de Galileu: as quatro luas circulando Júpiter.
No ato final da peça Cimbelino, o deus Júpiter desce dos céus com quatro espíritos dançando ao redor dele. Pode ter sido uma mera coincidência, mas também pode ter sido uma inspiração.
Por causa da acusação de heresia, quando Galileu morreu em 1642 o Vaticano não permitiu que seus restos mortais fossem enterrados junto aos de seus familiares. Um século depois, quando sua situação perante a Igreja havia melhorado, ele foi transferido para sua localização atual, na capela-mor da Basílica de Santa Cruz, em Florença.
Em 1992, o Papa João Paulo II escreveu uma declaração oficial admitindo o erro na perseguição a Galileu. Porém, a declaração culpava os consultores e funcionários que trabalharam no caso de Galileu, e não o Papa Urbano VIII em si, que foi quem presidiu o julgamento. A acusação de heresia também não foi retirada.