Estilo de vida
27/03/2018 às 14:00•2 min de leitura
O James Webb Space Telescope (JWST), sucessor do famoso telescópio Hubble, está em construção e tem potencial para ser o catalisador de uma nova era na exploração espacial — garantindo uma poderosa visibilidade através do universo. Mas… A NASA diz que vai precisar de mais tempo para realizar os testes e assim o projeto sofrerá um atraso, do segundo trimestre de 2019 para perto de maio de 2020.
JSWT já sofreu outros atrasos e atualmente consome um total de US$ 6,5 bilhões
De acordo com um comunicado oficial da agência espacial norte-americana, elementos que foram avaliados separadamente agora apresentaram certo conflito, ao atuarem em conjunto. O JWST, de 6,5 metros, vai ficar sobre uma base espacial e deve ser dobrado em "estilo origami" no compartimento de carga de um foguete Ariane 5. Após o lançamento, ele precisa se desdobrar no espaço. Os engenheiros descobriram uma falha que pode rasgar o grande e complicado protetor solar da estrutura, que é feito de um material fino e tão grande quanto uma quadra de tênis.
“O teste do hardware no telescópio do observatório e na espaçonave demonstra que esses sistemas atendem individualmente a seus requisitos. No entanto, descobertas recentes indicam que é necessário mais tempo para experimentar e integrar esses componentes e, em seguida, realizar exames ambientais na Northrop Grumman Aerospace Systems em Redondo Beach, Califórnia.”
O Hubble, lançado em 1990, teve um papel muito importante nas descobertas de mistérios sobre a matéria escura e foi capaz de descobrir o primeiro — e tantos outros — exoplaneta e suas atmosferas, bem distantes do nosso sistema solar.
Diferente do Hubble, o James Webb poderá observar comprimentos de ondas da radiação infravermelha
O JSWT deve ser muito maior e mais poderoso que seu antecessor, com capacidade de coletar seis vezes mais quantidade de área de luz em seu espelho principal. Diferente do Hubble, ele poderá observar comprimentos de ondas da radiação infravermelha e isso deve permitir que possamos enxergar mais profundamente no espaço do que qualquer instrumento anterior.
O atraso para seus testes não é novidade, pois levá-lo para a órbita é o grande desafio da NASA até agora — o projeto foi adiado em 2011, 2012 e 2015 e desde então já recebeu investimento de US$ 1,5 bilhão, em um total de US$ 6,5 bilhões.