Artes/cultura
10/05/2018 às 10:18•2 min de leitura
Se há uma coisa que todos temem é que ocorra uma nova guerra e que os malucos em poder dos maiores arsenais do planeta decidam explodir uns aos outros com bombas nucleares. Não é para menos! Afinal, esses artefatos estão entre os mais poderosos e destrutivos já produzidos pela humanidade — e nós sabemos bem o que pode acontecer quando eles são usados contra civis, não é mesmo? Ou você não se lembra dos números aterradores relacionados com as detonações das bombas de Hiroshima e Nagasaki?
Mas, digamos que o pior acontece e que um louco resolva explodir o outro com uma bomba nuclear — será que se o artefato for superpoderoso, a detonação poderia alterar a rotação do nosso planeta? De acordo com Michael Schirber, do site Live Science, para responder a essa pergunta, é preciso comparar a quantidade de energia liberada durante uma explosão atômica com a que é necessária para “empurrar” a Terra e fazê-la girar.
Na realidade, não falta ser nenhum gênio ou cientista para deduzir a resposta — e você já deve ter imaginado qual é, né? Não, não existe uma bomba nuclear poderosa o suficiente capaz de fazer alterar o movimento de rotação do nosso planeta. Aliás, mesmo o artefato mais potente não faria nem cócegas na movimentação da Terra!
(Steemit)
Isso porque, segundo Michael, enquanto as maiores bombas nucleares do mundo possuem uma energia explosiva de aproximadamente 10^17 joules, a energia rotacional do nosso planeta é equivalente a por volta de 10^29 J. Assim, usar um artefato atômico para tentar fazer com que a Terra passe a girar em uma direção diferente à que ela gira atualmente seria equivalente a pedir que um mosquito tentasse desviar a direção de um automóvel em alta velocidade.
Aliás, nem mesmo os maiores terremotos do planeta geram a energia necessária para fazer com que a rotação da Terra mude direção. Conforme explicou Michael, o sismo que atingiu o litoral de Sumatra, aquele que causou o tsunami devastador que provocou a morte de 230 mil pessoas em 2004, teve uma magnitude 9,3 e liberou uma quantidade de energia estimada em 10^22 J — ou o equivalente a 100 mil vezes a quantidade de energia que seria liberada se uma das maiores bombas disponíveis nos arsenais nucleares fosse detonada.
(BBC)
Para você ter uma ideia, esse terremoto descomunal — que está entre os mais intensos já registrados — chegou a alterar o formato da Terra, fazendo com que ela “emagrecesse” na região do equador e se tornasse ligeiramente mais esférica. Isso, por sua vez, levou ao “encurtamento” dos dias em algumas frações de segundo e à alteração da localização do Polo Norte em 2,5 centímetros, mais ou menos.
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