Artes/cultura
13/06/2018 às 08:30•3 min de leitura
O árbitro de vídeo será usado na Rússia pela primeira vez em uma Copa do Mundo e, espera-se, ajudará a diminuir a quantidade de polêmicas de arbitragens durante o mundial. Como toda novidade, porém, esse novo método ainda é cercado de mistério e muita gente não sabe ao certo como ele funciona, quem pode acioná-lo ou que tipo de situações ele pode resolver.
Pensando nisso, nós elaboramos este pequeno guia para falar tudo sobre o árbitro de vídeo da Copa do Mundo.
VAR é um acrônimo para video assistant referee ou, em bom português, árbitro assistente de vídeo. Ele fica de fora do campo de jogo e a sua função é auxiliar o juiz de linha na tomada de decisão e revisão de alguns lances. A sua utilização foi aprovada pela International Football Association Board (IFAB), em 2016, e ele já foi testado em mais de 20 torneios desde então, inclusive os Mundiais de Clubes de 2016 e 2017 e a Copa das Confederações do ano passado.
Na Copa do Mundo, a equipe será composta por quatro profissionais (árbitros, ex-árbitros, assistentes ou ex-assistentes), sendo um deles o árbitro de vídeo principal e os outros três os seus auxiliares. Além disso haverá também outros quatro operadores de replays que serão os responsáveis por selecionar os melhores ângulos das jogadas para o VAR e seus auxiliares.
Equipe de árbitro de vídeo, auxiliares e operadores de replay.
Durante a Copa, o VAR ficará em uma central de transmissão fora do estádio recebendo imagens de várias câmeras espalhadas pelo estádio, todas capturando diferentes ângulos do jogo. O árbitro de vídeo pode rever alguns lances polêmicos e, com isso, fornecer informações ao árbitro de linha por meio de comunicação à distância.
Além disso, na beirada do gramado, o árbitro principal pode conferir lances em um monitor para tomar ou rever algumas de suas decisões.
O árbitro de linha ou o VAR são os responsáveis por iniciar um processo. Pense em um lance em que o juiz não está certo sobre a não marcação de um impedimento em uma jogada que deu origem a um gol ou uma falta dentro da área não visualizada pelo árbitro ou por seus auxiliares de campo. No primeiro caso, o juiz pede a revisão; no segundo, o VAR pode alertá-lo sobre a irregularidade.
Diferente de outras modalidades, como o vôlei e o tênis, a revisão de lances não pode ser solicitada por jogadores nem treinadores.
O árbitro de vídeo pode analisar quatro tipos de lances no decorrer de uma partida:
Vale lembrar que nem todo lance duvidoso pode ser resolvido pelo árbitro. Segundo a Fifa, apenas erros claros e lances incidentes importantes não vistos pelo árbitro de linha ou os seus auxiliares de beira de campo podem trazer o VAR para o jogo.
Quando o árbitro aciona o VAR (ou vice-versa), ele posiciona a mão no ouvido para indicar que está se comunicando com o juiz de vídeo. Caso seja necessário uma revisão, ele faz o sinal de um retângulo para indicar a interferência do VAR e, então, pode tanto tomar a sua decisão com base nas informações oferecidas pelos auxiliares que viram tudo na TV ou conferir pessoalmente em um monitor posicionado na beirada do gramado.
Essa decisão fica sempre para o árbitro de linha. Quando ele solicita a revisão ou é alertado sobre algum erro claro pelos árbitros de vídeo, pode levar em conta as informações concedidas por seus colegas, mas é sempre ele o responsável final por validar ou não uma jogada, marcar ou não uma falta e por aí vai.
Para garantir a transparência do processo, um oficial da Fifa fica posicionado dentro da sala de vídeo e tem acesso às imagens e às comunicações dos árbitros. Ele também é responsável por fornecer, em tempo real, informações que aparece na tela da transmissão oficial da Copa todas as decisões tomadas pelo árbitro a fim de informar o público.
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Saiba como funciona o VAR, o árbitro de vídeo que será usado na Copa via TecMundo