Artes/cultura
19/06/2018 às 08:33•2 min de leitura
Em uma época em que ter uma câmera disponível não era algo trivial, uma grande coincidência aconteceu. Foi em outubro de 1992, durante um jogo de futebol americano que acontecia na região leste dos EUA. Um meteorito cruzou o céu, surpreendendo milhares de espectadores que acompanhavam a partida.
A bola de fogo brilhava mais que a própria Lua, segundo testemunhas, e cruzou o céu horizontalmente. Sua velocidade era impressionante: 700 quilômetros foram percorridos em apenas 40 segundos. O meteorito começou a se decompor devido ao atrito, sendo quebrado em mais de 70 pedaços — alguns tão grandes que começavam a criar seus próprios rastros de luz pelo céu.
A primeira coincidência foi o fato de as pessoas que gravavam o jogo logo perceberem algo diferente no céu, apontando suas câmeras para cima. Isso fez com que o meteorito fosse um dos mais registrados até hoje — no total foram 16 vezes, absolutamente independentes. Ele só perdeu o posto para o que caiu na Rússia em 2013; porém, considerando que hoje todos temos câmeras no bolso, é até covardia comparar.
Como se não fosse o bastante, no dia do incidente Michelle Knapp, na época com 17 anos, estava assistindo televisão tranquilamente na sala de sua casa, quando ouviu uma explosão do lado de fora. Ao sair para ver o que tinha acontecido, se deparou com um buraco no porta-malas do seu carro, com uma pedra de aproximadamente 12 quilos no chão. A rocha ainda soltava fumaça, que cheirava a ovo podre, e por muito pouco não acertou o tanque de combustível.
Sem entender o que estava acontecendo, ela chamou a polícia e registrou queixa como um ato de vandalismo. A questão, levantada por um vizinho, é que seria impossível encontrar alguém para lançar uma pedra daquele tamanho e fazer com que ela atravessasse o porta-malas como aconteceu.
A suspeita de vandalismo foi descartada quando o curador do Museu de História Natural dos EUA em Nova York confirmou que o objeto se tratava de um meteorito. Na verdade, o mesmo que cruzou o céu e foi registrado por diversas pessoas.
Por não ter como cobrar o Universo pelo valor do conserto, Michelle já tinha aceitado o prejuízo; para a sorte dela, um colecionador de meteoritos ofereceu o dobro do valor do carro pela pedra. Ela aceitou, e o carro atingido existe até hoje, sendo exposto pelo mundo.
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