Artes/cultura
17/07/2018 às 14:00•2 min de leitura
Se você nasceu e vive em uma cidade grande, provavelmente não conhece a beleza de um céu estrelado visto de uma área onde não existe iluminação artificial. Uma opção são as viagens que podem levá-lo para o meio do nada; porém, se isso também não acontece, sempre há fotos na internet mostrando como os diversos corpos celestes preenchem o céu em locais mais isolados.
Mesmo no meio urbano, é possível visualizar as estrelas mais brilhantes, mas talvez nos próximos meses você consiga identificar uma em especial. No mundo da tecnologia só se fala em viagens até Marte, e até setembro o planeta vermelho estará em evidência nos céus noturnos de qualquer lugar do mundo. Por mais que ele esteja quase sempre visível, o detalhe é que nesse período seu brilho será mais intenso do que o comum.
O fenômeno causador dessa luminosidade a mais chama-se oposição e é caracterizado pelo alinhamento de um planeta com o Sol, enquanto a Terra está no meio do caminho. Ou seja, Marte e o Sol estão em pontos opostos do espaço, quando consideramos nosso planeta como referencial.
Levando em conta a órbita elíptica dos dois corpos celestes, a oposição ocorre a cada 26 meses, mas a diferença dessa vez é que ele estará o mais próximo possível da Terra e do Sol ao mesmo tempo.
A próxima oportunidade em que Marte estará posicionado em condições semelhantes acontecerá a daqui, no mínimo, 15 anos.
Quem viu Marte brilhando no céu em 2003, quando esteve no ponto mais próximo da Terra em 60 mil anos, pode se considerar testemunha de um evento único, pois algo semelhante possui previsão de ocorrer novamente só em agosto de 2287. Difícil até de criar um aviso para que seu tataraneto consiga avisar o tataraneto dele que o fenômeno vai ocorrer.
Marte poderá ser observado nessas condições de julho a setembro de 2018; e os habitantes do Hemisfério Sul serão contemplados com uma vista melhor do que os companheiros do Norte.
Logo que a noite cair, o planeta surgirá brilhante e avermelhado no leste, direção contrária de onde o Sol se põe. A oposição faz com que ele seja o quarto objeto mais brilhante no céu, ganhando até mesmo de Júpiter, que tem 1,8 vez o seu tamanho.
Não é necessário usar nenhum equipamento para observar o planeta vermelho, mas, caso você possua um pequeno telescópio, essa é a oportunidade perfeita para utilizá-lo e provavelmente conseguir observar mais detalhes da superfície. Dentre os que mais se destacam estão uma área branca, onde existe uma calota polar, e regiões mais escuras, que são planícies rochosas repletas de crateras.
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