Artes/cultura
13/09/2018 às 10:34•2 min de leitura
Foi-se o tempo em que fumar era considerado algo bacana, charmoso e descontraído. Com o passar dos anos, fomos descobrindo os inúmeros malefícios do tabagismo e, se no início tínhamos propagandas de cigarro e facilitadores como áreas de fumantes em restaurantes, por exemplo, hoje lutamos para diminuir o consumo dessa droga e conscientizar as pessoas sobre os reais riscos do tabagismo - esses riscos incluem desde aumento das chances de desenvolver alguns tipos de câncer até a disfunção erétil.
O problema é que o tabagismo não faz mal apenas a quem fuma. Além dos fumantes passivos que podem vir a ter as mesmas doenças, o meio ambiente também acaba pagando o preço por cada cigarro aceso.
Um levantamento recente sobre o assunto revelou que a maior quantidade de lixo nos oceanos do nosso planeta é, basicamente, formado por bitucas de cigarro. Sim: tem mais bituca de cigarro no fundo do mar do que canudos e garrafas de água..
É verdade que o número de cigarros vendidos diminuiu nos últimos anos, mas o lixo que os cigarros produzem ainda são muito significativos, até mesmo porque é difícil reciclar o filtro das bitucas e muitas pessoas não as jogam no lixo normal porque, dependendo do que houver dentro da lixeira, é possível causar fogo. O resultado? Muitos fumantes simplesmente arremessam suas bitucas ao chão.
A partir de então é que o problema começa: a maioria dos filtros é feito a partir de um plástico que não é biodegradável e é por isso que quando essas bitucas vão para os rios, elas não se desintegram como acontece com os produtos orgânicos, por exemplo. Considerando a imensa quantidade de bitucas que já foram jogadas ao longo dos anos em todas as partes do mundo e pensando que elas continuam lá, dá para imaginar que o estrago não é pequeno.
O trabalho para reverter esse processo de acúmulo de bitucas de cigarro nos oceanos é uma constante desde os anos de 1980, e a estimativa é que 60 milhões de bitucas já tenham sido recolhidas desde então.
Vale frisar que esse tipo de lixo, além de provocar o acúmulo de material que não é biodegradável, também tem a capacidade de provocar danos à vida marinha, justamente porque os filtros contêm os mesmos elementos químicos do cigarro, incluindo nicotina e arsênico.
Ainda que iniciativas de coleta já tenham sido implantadas, a verdade é que quem tem o poder de melhorar esse quadro são os próprios fumantes. Bitucas não devem ser jogadas no chão ou no lixo comum. Em vez disso, o ideal é abrir e destruir cada filtro de cigarro para, então, encaminhá-lo ao local ideal de coleta de materiais que são de difícil reciclagem. É possível descobrir os tipos de coleta ideal que existem na sua cidade e, assim, contribuir com o planeta. Se mais do que isso, você deseja parar de fumar, estas dicas podem ajudar no processo.
***
Você conhece a newsletter do Mega Curioso? Semanalmente, produzimos um conteúdo exclusivo para os amantes das maiores curiosidades e bizarrices deste mundão afora! Cadastre seu email e não perca mais essa forma de mantermos contato!