Artes/cultura
23/09/2018 às 06:00•1 min de leitura
Sabemos que ainda há muito a se descobrir no planeta, inclusive nas zonas abissais: lugares repletos de criaturas no mínimo peculiares e onde nenhum ser humano consegue chegar. E é por isso mesmo que cientistas têm dedicado tanto tempo e desenvolvido novas técnicas para aprender mais sobre os seres que vivem nas profundezas.
Três dessas novas descobertas foram feitas por cientistas da Universidade de Newcastle na Trincheira do Atacama, na costa do Peru. A uma profundidade de 7,5 mil metros, temperaturas quase congelantes e pressões insuportáveis para seres humanos, eles encontraram três novas espécies de peixe-caracol.
De acordo com os pesquisadores, esse peixe não só tem uma enorme capacidade de adaptação, como também é o maior predador daquela área. Ali, ele tem alimentação de sobra e não corre nenhum risco, o que faz com que a espécie prospere.
O problema é que a maior vantagem desses peixes também é a causa da dificuldade para os cientistas: o que faz com que eles consigam sobreviver sob tamanha pressão e frio é o fato de seu corpo ser basicamente uma massa gelatinosa e mole, quase sem ossos. Na verdade, por conta disso, eles dependem desse ambiente pra sobreviver. Quando a pressão diminui e a água começa a esquentar, esses peixes se enfraquecem e simplesmente começam a derreter.
Um dos capturados sequer conseguiu sobreviver ao caminho todo até a superfície, o que fez com que os cientistas percebessem que não será possível estudá-los vivos. O máximo que se conseguiu foi preservar o peixinho que morreu e usá-lo para estudos.
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