Ciência
26/09/2018 às 09:00•3 min de leitura
Os transtornos mentais têm afetado uma grande parcela da população em todo o mundo. Em muitos casos, os sintomas não são levados a sério, e a própria pessoa tem dificuldade de procurar ajuda profissional. O medo do preconceito por parte da sociedade e o estigma relacionado a esses tipos de doenças não contribuem para a quebra de tabus. Veja abaixo 10 fatos que fazem com que se perceba com urgência essa mudança de paradigma.
Segundo a OMS, mais de 9% da população brasileira sofrem com algum tipo de sintoma decorrente desse transtorno, como medo, insegurança, agonia e insônia. Fatores socioeconômicos como desemprego, nível de pobreza, falta de segurança e recessão são considerados de risco e contribuem diretamente para o aumento desses casos.
Esse tema é visto como tabu pela maior parte das pessoas, mas já é a segunda maior causa de mortalidade de jovens na faixa de 15 a 29 anos. Estima-se que a cada ano 800 mil pessoas cometam suicídio no mundo. Em países de alta renda, já foi reconhecido um forte vínculo entre os casos de suicídio e transtornos mentais enfrentados pelas vítimas, embora não seja raro que essas mortes ocorram por impulso em momentos de crise.
A depressão, por exemplo, é resultado de uma série de fatores sociais, psicológicos e biológicos. Pessoas que viveram eventos traumáticos e adversos ao longo da vida estão mais propensas a desenvolver um quadro depressivo.
Números da OMS mostram que quase 6% da população brasileira apresentam algum quadro de depressão, seja leve, moderado ou grave. Essa taxa representa 11 milhões e meio de pessoas que sofrem com a doença, que, em muitos casos, não é levada a sério ou simplesmente permanece subjugada e desprezada.
Metade dessas crianças apresentam o transtorno por volta dos 14 anos de idade. A expectativa e a insegurança quanto ao futuro contribuem para os números. Aquelas com algum tipo de transtorno mental tendem a sofrer mais com isolamento, preconceito e estigma ligados à doença, que muita das vezes não é tratada e somente aumenta os desafios que essa pessoa terá de enfrentar na vida adulta.
Em todo o mundo, apenas 44% dos adultos com algum transtorno mental recebem tratamento. Esses números parecem estar ligados ao preconceito e ao estigma relacionados a pessoas que precisam lidar com sua saúde mental, seja pela sociedade ou por seus familiares.
Números apontam que 322 milhões de pessoas no mundo convivem com a doença — a maioria são mulheres. A depressão é a maior causa de incapacidade e problemas de saúde decorrentes do agravamento do quadro, segundo a OMS. Solidão, tristeza e apatia são sintomas relacionados a essa doença.
A discriminação e o preconceito com pessoas que sofrem com alguma doença mental são alguns dos fatores mais determinantes e cruéis na conscientização das pessoas e na percepção das doenças mentais como problemas da sociedade. São classificados entre os transtornos mentais a esquizofrenia e as psicoses, depressão, transtorno bipolar, deficiência intelectual, demência, autismo e outros.
Não apenas é menos oneroso cuidar da saúde mental preventivamente, como também é um bom investimento do ponto de vista econômico para o Estado. O custo de se remediar os problemas sociais e de saúde que se desenvolvem devido à falta de sanidade mental das pessoas é muito maior. Alguns estudos revelam que, a cada dólar investido no tratamento de depressão e ansiedade, há um retorno de 4 dólares em melhorias na saúde e capacidade de trabalho das pessoas que são reinseridas no contexto da sociedade.
Um percentual de 70% a 90% das pessoas que procuram tratamento adequado para suas doenças mentais demonstram uma significativa redução dos sintomas associados. Muitas vezes, medicamentos são associados a mudanças no estilo de vida, alimentação e à busca pelo prazer nas atividades realizadas.
***
Você conhece a newsletter do Mega Curioso? Semanalmente, produzimos um conteúdo exclusivo para os amantes das maiores curiosidades e bizarrices deste mundão afora! Cadastre seu email e não perca mais essa forma de mantermos contato!