Artes/cultura
21/09/2018 às 13:49•3 min de leitura
Grandes eventos esportivos, como os Jogos Olímpicos, acontecem sempre em alto nível, com os melhores representantes de cada país tentando ganhar a tão sonhada medalha de ouro. Infelizmente, nem sempre os atletas conseguem os resultados esperados apenas com treinamento e acabam recorrendo a substâncias proibidas para melhorar sua performance.
Apesar da intensa fiscalização e punição, esse uso parece ter se tornado algo comum, pois novas fórmulas, indetectáveis pelos exames, são desenvolvidas de forma contínua. Aqui, separamos 7 fatos sobre o doping e como ele é prejudicial para todos.
Não se sabe desde quando o emprego de drogas para melhorar o desempenho físico de atletas existe de maneira sistemática, mas o primeiro caso que ganhou repercussão mundial foi com o ciclista dinamarquês Knud Enemark Jensen, que morreu pelo uso excessivo de anfetaminas durante os Jogos Olímpicos de Roma, em 1960.
As drogas utilizadas por atletas podem ser classificadas em duas categorias: os anabolizantes, que aumentam força e massa muscular, e os estimulantes, que simulam os efeitos da adrenalina, elevando a estimulação do sistema cardíaco e metabólico, agindo diretamente no sistema nervoso central.
Não é algo incomum a mistura dos dois tipos, dependendo do objetivo de cada atleta. Para tentar mascarar o uso das substâncias proibidas, também são utilizados diuréticos, que sobrecarregam os rins e nem sempre conseguem cumprir seu papel.
Nada mais injusto do que treinar por anos e acabar competindo com alguém que utilizou substâncias proibidas. Tentando resolver esse problema, as amostras recolhidas são mantidas por um longo período, e as verificações são repetidas assim que novos exames são criados.
Isso causa situações como a de uma atleta russa, que em 2016 teve sua medalha recolhida pela detecção de doping em uma prova que aconteceu nas Olimpíadas da China, em 2008. Nesse caso, a equipe brasileira, que conquistou o quarto lugar, acabou herdando a medalha. Apesar de não ser a situação ideal, a medida tenta inibir o uso dos esteroides.
Além de todo o risco de punições aplicadas por entidades esportivas, o uso de doping prejudica muito o corpo dos atletas em longo prazo. Para que os efeitos sejam satisfatórios, as doses administradas são muito maiores do que a recomendada, colocando a saúde em risco.
Por se tratar de algo proibido, não existem estudos específicos sobre os problemas, mas alguns dos efeitos colaterais apontados em homens são: mamilos proeminentes, testículos encolhidos, aumento da próstata e infertilidade. Já as mulheres costumam apresentar engrossamento da voz, aumento de pelos no corpo, calvície e ciclo menstrual desregulado.
Como se isso já não fosse o bastante, um estudo alemão mostrou que 25% dos atletas analisados, que assumiram o uso de anabolizantes, apresentaram alguma forma de câncer.
A definição do vencedor entre atletas de alto nível está nos detalhes. Por isso, a utilização de substâncias proibidas pode ser o diferencial para alcançar a tão sonhada medalha de ouro. De forma alguma esse motivo justifica o uso, mas, quando atletas que estão iniciando suas carreiras se baseiam nesse tipo de solução, o problema é muito mais preocupante.
Um estudo mostrou que 6% dos atletas juvenis dos EUA já utilizaram algum tipo de substância proibida e, em outra pesquisa, 44% afirmaram que conseguiriam obter anabolizantes sem receita, se quisessem. Apesar de todos os esforços de prevenção e punição realizados por diversas agências pelo mundo, o número de casos só aumenta a cada ano.
Humanos são competitivos por natureza, então não é uma surpresa saber que substâncias estimulantes já eram utilizadas por atletas na Grécia Antiga. No último século, a tecnologia tornou essa prática algo muito eficaz, mas na época os gregos costumavam comer o coração ou testículos de animais e tomar poções feitas com fungos e alucinógenos — tudo para garantir uma melhor performance na competição.
Como o uso de doping se tornou algo difundido, apesar de proibido, novas técnicas surgem com frequência para tentar burlar os exames. Uma das mais comuns é a troca de amostra de urina, que precisa ser coletada na frente de um responsável pela verificação. Quando já não existe um esquema de propina com o fiscal, é possível tentar a utilização de uma prótese peniana que libera urina como se fosse real.
Outra solução é a execução de uma tatuagem que carrega substâncias proibidas. Segundo cientistas alemães, esse método seria 16 vezes mais eficaz do que quando administrado diretamente por uma injeção, mantendo os níveis da substância mais baixos e constantes.
***
Você conhece a newsletter do Mega Curioso? Semanalmente, produzimos um conteúdo exclusivo para os amantes das maiores curiosidades e bizarrices deste mundão afora! Cadastre seu email e não perca mais essa forma de mantermos contato!