Ciência
06/12/2018 às 09:00•2 min de leitura
A matéria escura está entre os maiores mistérios da Física, e faz tempo que os cientistas vêm quebrando a cabeça para descobrir o que ela é. Os pesquisadores sabem que ela existe por conta da força gravitacional que ela exerce e porque a sua interação com a matéria comum no Universo pode ser medida. Entretanto, a matéria escura não absorve ou reflete a luz, o que significa que ela é invisível, e, apesar de os físicos acreditarem que ela compõe mais de 25% do Universo, ninguém sabe de onde essa “coisa” vem, como se forma, do que é feita etc.
No entanto, de acordo com Mike McRae, do site Science Alert, um astrofísico da Universidade de Oxford, um cara chamado Jamie Farnes, propôs uma nova teoria sobre o que, afinal, é a matéria escura. Segundo o cientista, tanto a matéria escura, como a energia escura (outra “coisa” que tira o sono dos físicos), poderiam ser explicadas se elas forem tratadas como fluídos de massa negativa — uma “substância” hipotética e invisível que se comportaria de forma contrária à maioria dos materiais que conhecemos.
(Phys Org/Mike Lewinski/Flickr)
E como é que Jamie chegou a essa teoria? Ele criou um modelo computacional para fazer simulações de como esse fluído maluco — e que permearia tudo o que existe no espaço — se comportaria e afetaria o cosmos, e descobriu que a presença dessa substância (que, por exemplo, aceleraria em nossa direção ao invés de se afastar, caso a gente a empurrasse) explicaria o motivo de as galáxias se manterem coesas enquanto giram sobre o próprio, no lugar de irem se “desmanchando” aos poucos.
Claro que tudo não passa de teoria ainda, e Jamie faz questão de frisar que a proposta dele pode estar equivocada, mas o modelo que ele apresentou não só ajudaria a esclarecer alguns mistérios que rondam a matéria escura (e a energia escura também), como outras questões sem resposta relacionadas com o Universo.
Um fator interessante sobre a proposta de Jamie é que o modelo pode ser testado por meio do uso de dados obtidos através do Square Kilometre Array — o maior telescópio do planeta, capaz de captar ondas de rádio — sobre a distribuição das galáxias no Universo. Então, vamos esperar que os experimentos aconteçam para confirmar se esse fluído bizarro (que, basicamente, unificaria a matéria e a energia escura em uma única substância) existe mesmo.
***
Você conhece a newsletter do Mega Curioso? Semanalmente, produzimos um conteúdo exclusivo para os amantes das maiores curiosidades e bizarrices deste mundão afora! Cadastre seu email e não perca mais essa forma de mantermos contato!