Artes/cultura
13/12/2018 às 07:01•1 min de leitura
Por algum tempo, manteve-se o consenso no meio científico de que para ter cabelo vermelho era preciso contar com o gene MC1R, passado tanto pelo pai quanto pela mãe. No entanto, uma pesquisa conduzida pela Universidade de Edimburgo, descrita como o maior estudo sobre cor de cabelo já realizado, mostrou que são oito os genes determinantes do tom avermelhado nos ruivos.
A equipe examinou o DNA de cerca de 350 mil pessoas que se cadastraram no Biobanco do Reino Unido. O professor Ian Jackson, da unidade de genética humana do conselho de pesquisa médica da universidade, disse: "Conseguimos usar o poder do Biobanco do Reino Unido, um estudo genético enorme e único de meio milhão de pessoas na Grã-Bretanha, o que nos permitiu encontrar esses efeitos". O estudo foi publicado no portal Nature Communications.
As evidências apareceram quando a comparação entre pessoas de cabelo preto e loiro apresentaram oito diferenciações das pessoas de cabelo ruivo. Entre as descobertas, os cientistas descobriram também que as funções dos genes identificados servem para controlar quando o MC1R liga ou desliga. Diferenças genéticas entre pessoas loiras e morenas também foram descobertas pela equipe, o que soma cerca de 200 genes.
A variação de tom, por exemplo — que vai do castanho-escuro ao castanho-claro e do loiro —, é causada pelo aumento do número de diferenças genéticas nesses 200 genes. Os pesquisadores ficaram surpresos ao descobrirem que muitas dessas 2 centenas de diferenças genéticas estavam associadas à textura do cabelo, e não à pigmentação. Outros estão envolvidos na determinação de como o cabelo cresce — seja cacheado ou liso, por exemplo.
Melanie Welham, presidente-executiva do Conselho de Pesquisa em Biotecnologia e Ciências Biológicas, disse: "Mais uma vez, a pesquisa colaborativa está ajudando a fornecer respostas para algumas das questões importantes da vida. BBSRC tem o prazer de ajudar a apoiar o maior estudo genético da cor do cabelo e, com isso, fornecer alguns insights fascinantes sobre o que nos torna indivíduos tão distintos".