Observatório canadense detecta novas ondas de rádio vindas do espaço

17/01/2019 às 06:302 min de leitura

Nesta semana, cientistas canadenses detectaram 13 explosões breves chamadas de rajadas de rádio rápidas (FRBs) com origem em uma galáxia a 1,5 milhão de anos-luz da Terra. Pesquisadores acreditam que podem usar os FRBs para coletar informações sobre o que realmente existe no espaço. 

Esta é a segunda vez que os cientistas recebem essas ondas de rádio com tantas repetições. Esses acontecimentos os levam a levantar diversas hipóteses: desde explosões de estrelas até tentativas de contato por parte de alienígenas. O mistério, porém, está longe de ser resolvido.

Existem poucas evidências de onde esses sinais poderiam estar vindo. As ondas são rápidas  duram apenas 1 milissegundo —, mas são lançadas com a mesma quantidade de energia que o Sol leva 10 mil anos para produzir. “Qualquer que seja a fonte dessas ondas de rádio, é interessante ver a diversidade de frequências que ela pode produzir. Existem alguns modelos em que o local de origem não consegue produzir nada abaixo de certa frequência”, afirma Arun Naidu, da Universidade McGill, no Canadá.

As explosões foram descobertas pelo observatório CHIME (Canadian Hydrogen Intensity Mapping Experiment). Alguns cientistas se preocuparam com o fato de que a faixa de frequências que os equipamentos do laboratório poderiam captar seria baixa demais para receber os sinais de rádio; no final, ele encontrou muito mais do que o esperado, e os cientistas esperam que ele identifique ainda mais. 

Até o momento, em toda a história da ciência, foram detectadas apenas 60 rajadas de rádio. A primeira delas foi descoberta em 2007, em uma pesquisa sobre a Grande Nuvem de Magalhães  uma pequena galáxia que orbita em torno da Via Láctea. Mas até hoje apenas uma delas se repetiu, até agora. 

“Havia apenas um desses sinais repetidos que era conhecido. Saber que há outra sugere que poderiam existir mais desses por aí. E com mais repetidores e mais fontes disponíveis para estudo, podemos ser capazes de entender esses quebra-cabeças cósmico  de onde eles vêm e o que os causa”, explica Ingrid Stairs, membro da equipe do CHIME e astrofísica da UBC.

Receber sinais repetidos ajuda os cientistas a distinguirem as outras ondas isoladas que chegam, o que acaba dando mais pistas sobre sua origem, aguardando por futuras explosões. 

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