Agente laranja usado durante a Guerra do Vietnã ainda gera contaminação

12/03/2019 às 04:002 min de leitura

Você já deve ter ouvido falar do Agente Laranja – uma substância que foi largamente usada durante a Guerra do Vietnã –, não é mesmo? Embora muitos pensem nesse material como sendo uma devastadora arma química, a verdade é que ele consiste em uma combinação de herbicidas e, até hoje, alguns de seus componentes são empregados na agricultura.

Sequelas terríveis

Mas, na guerra, o agente laranja foi utilizado pelas tropas norte-americanas com o objetivo de destruir florestas e cultivos vietnamitas, e as estimativas oficiais apontam que mais de 80 milhões de litros dele foram despejados sobre o território. Acontece que, na pressa de produzir grandes quantidades do herbicida na época, os componentes não foram devidamente purificados, resultando em uma grande quantidade de dioxina tetraclorodibenzodioxina na composição do agente.

(Reprodução / Wikimedia Commons / Domínio Público)

O problema é que esse composto é altamente cancerígeno e milhares de pessoas, entre vietnamitas e norte-americanos, acabaram sendo expostas à dioxina e desenvolvendo graves condições de saúde. Além de doenças de pele e disfunções hepáticas, uma grande parcela da população local acabou desenvolvendo cânceres e síndromes neurológicas irreversíveis, sem falar no número de gestantes que perderam seus bebês ou tiveram filhos com sérias malformações. Só que os pesadelos causados pelo agente laranja não terminaram com o fim da guerra, não!

Herança

Segundo Tom Hale, do site IFLScience!, uma pesquisa recente, apresentada por cientistas da Universidade Estadual de Iowa e da Universidade de Illinois, revelou que a dioxina despejada pelas tropas dos EUA ainda está presente no solo e, consequentemente, na água, nos peixes, nos rebanhos e nos alimentos cultivados – e consumidos pelos vietnamitas –, mesmo se passando mais de 50 anos do fim do conflito.

(Reprodução / Wikimedia Commons / USAF)

Até hoje a população sofre com as sequelas causadas pela contaminação causada pelo agente laranja, e os levantamentos realizados pelos pesquisadores apontaram a presença de dioxina em níveis ainda perigosos nas imediações de cidades habitadas por milhões de pessoas. Para solucionar o problema, os autores sugerem que, para que o composto possa ser completamente eliminado, o solo dos locais mais afetados seja incinerado.

Essa medida, como você bem pode imaginar, exigiria um imenso investimento para ser levada a cabo, mas, além de eliminar completamente a dioxina do solo, consiste em uma alternativa mais eficiente (e permanente) do que transportar o material contaminado a um aterro, por exemplo, opção que, no futuro, geraria custos relacionados com o tratamento da área e monitoramento ambiental.

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