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12/03/2019 às 02:00•1 min de leitura
Tudo bem que os crocodilos são verdadeiros “fósseis vivos”, mas você alguma vez imaginou que esses animais poderiam ter algo ver com a preservação dos ossos de espécies extintas? Foi isso o que um time de pesquisadores descobriu ao analisar uma porção de fragmentos coletados ao longo de várias décadas e guardados em acervos de diversos museus.
Segundo Tom Hale, do site IFLScience!, os cientistas descobriram que os fragmentos de ossos fossilizados pertencem a 3 espécies distintas de mamíferos que, até 300 anos atrás, mais ou menos, habitavam as Ilhas Cayman, no Caribe, que ficam a pouco mais de 430 quilômetros de distância de Cuba.
As criaturas foram identificadas como sendo roedores das espécies Capromys pilorides lewisi, Geocapromys caymanensis e Nesophontes hemicingulus por meio de exames anatômicos e de DNA, e o mais interessante é que os fósseis mostram sinais de terem sido engolidos – e depois defecados – por crocodilos-cubanos (Crocodylus rhombifer), processo que, curiosamente, em vez de destruir, ajudou a preservar os ossos.
Antiga ilustração que mostra um dos animais extintos (Reprodução / IFLScience! / Mark Catesby / ZSL)
Os fósseis foram coletados entre a década de 30 e 90, mas existem registros históricos de que Francis Drake, o famoso navegante inglês, teria avistado os mamíferos quando esteve na ilha no século 16. Segundo descreveram Drake e seus tripulantes, as criaturas pareciam pequenos gatos e coelhos, e os pesquisadores suspeitam que foram os animais introduzidos pelos colonizadores que chegaram depois, entre eles, gatos e ratos vindos com as embarcações, que caçaram as espécies até a extinção.
Foi dessa forma, aliás, que muitas outras espécies de animais que viviam nas ilhas do caribe, como macacos e preguiças, acabaram desaparecendo, e entender exatamente como se deu a extinção dessas criaturas pode ajudar os cientistas a encontrar formas de evitar que novas extinções aconteçam.