Artes/cultura
31/07/2019 às 08:30•1 min de leitura
Os restos mortais de uma mulher que carregava um machado foram encontrados em um cemitério Viking, na cidade de Langeland, na Dinamarca. Primeiramente os arqueólogos a identificaram como uma guerreira Viking, mas novos estudos, conduzidos na Universidade de Bonn, na Suíça, sugerem que ela seria, na verdade, uma migrante eslava, vinda da região em que hoje é a Polônia.
A pesquisa foi feita por Leszek Gardela, um arqueólogo especializado na era Viking do Departamento de Línguas Escandinavas da Universidade. Segundo ele, "até agora ninguém prestou atenção ao fato de que o machado encontrado na cova vem de uma área do sul do Báltico, possivelmente a Polônia atual.”
Gardela está trabalhando no projeto Amazons of the North - Armed Females in the Viking Age (Amazonas do Norte - Mulheres Armadas da Era Viking) que estuda covas da Escandinávia dos séculos IX e X. De acordo com ele nem o machado, nem a forma em que ela foi enterrada se encaixam nos moldes Viking. "A presença de guerreiros Eslavos na Dinamarca foi mais significante do que se imaginava anteriormente. Durante a Idade Média, esta ilha era um caldeirão cultural de elementos Eslavos e Escandinavos,” relata o pesquisador.
O trabalho dos arqueólogos é complicado por conta da má preservação das covas encontradas. Muitas vezes é difícil identificar o sexo dos restos mortais encontrados e, mesmo quando é identificado, é difícil saber qual a ocupação da pessoa na sociedade Viking. Apesar do folclore existente em cima de guerreiras Vikings, Gardela acredita que as mulheres usavam armas apenas de forma ocasional em rituais ou para defesa pessoal.
Entretanto, ao menos uma guerreira já foi confirmada através de DNA. Um corpo encontrado em Birka, na Suécia, em 1878, fortemente armado e enterrado junto com cavalos foi identificado como sendo de uma mulher, provavelmente cavaleira arqueira e estrategista militar.