Estilo de vida
05/09/2019 às 08:00•2 min de leitura
End Times: A Brief Guide to the End of the World (Fim dos Tempos: um breve guia para o fim do mundo, em tradução livre), livro recém-lançado pelo jornalista de ciência Bryan Walsh, analisa alguns cenários que poderiam, de forma plausível, levar à extinção da humanidade. Já que o fim do mundo povoa a imaginação humana, uma publicação americana pediu que o autor atribuísse aos cenários de extinção mais populares “notas apocalípticas” de 1 (temos boas chances de sobreviver) a 10 (estamos totalmente ferrados). Façam suas apostas!
Por acontecer de forma gradativa, a mudança climática poderia dar chance a adaptações. De qualquer forma seus efeitos, como escassez de alimentos, pode levar a conflitos de potencial destrutivo.
Sim, uma superinteligência seguramente tem potencial para exterminar ou subjugar completamente a raça humana. Mas Walsh crê que talvez nem cheguemos lá: “pode haver algo na natureza da inteligência biológica que não podemos realmente replicar em máquinas”, diz.
Embora tenham matado mais que qualquer guerra ou desastre natural ao longo dos tempos, as doenças carregam alguns limites evolutivos, segundo Walsh. Por um lado, há vírus que matam de forma violenta e rápida, como o Ébola, mas se espalham menos. Por outro, há vírus muito bons em se espalhar, mas com menos potencial letal, como o sarampo.
A maneira como produzimos e consumimos alimentos: em volumes alucinantes e de forma globalizada, tem potencial para espalhar contaminações em escala global. Um fim do mundo pelo estômago não é impossível.
Um clássico! Mas Walsh lembra que, das 5 grandes ondas de extinção, apenas a que dizimou os dinossauros foi provocada por um asteroide. Em tese, podemos desenvolver métodos de alarme e desvio antes de uma colisão fatal.
Surpreendeu-se com a nota alta? Pois é, para ele a ameaça vulcânica é subestimada. A maior onda de extinção, que dizimou 90% da vida no planeta, foi causada por uma enorme erupção vulcânica na Sibéra.
“Ao contrário de todos os filmes que você já viu, se houver alienígenas que podem alcançar a Terra e são hostis, vamos morrer”, diz Walsh. Trata-se de algo totalmente imprevisível: não foi possível até hoje provar a existência de vida em outros pontos do espaço, mas o contrário também não pode ser afirmado. Ficamos nesse “silencio desconfortável”.