Artes/cultura
10/09/2019 às 17:00•2 min de leitura
Por muito tempo, acreditou-se que os nomes escolhidos para se referir a um furacão fossem algum tipo de homenagem (bem bizarra) a pessoas e personalidades. Um dos boatos, inclusive, garante que os nomes seriam um jeito de lembrar das vítimas do naufrágio do Titanic.
Desculpem-nos os que adoram uma boa história inventada, mas o Mega Curioso descobriu que a nomenclatura dada aos furacões é tão metodicamente planejada que talvez fosse mais legal inventar toda uma teoria da conspiração que explicasse o porquê determinado furacão tem o nome A ou B.
Assim como todo casal que espera seu bebê acaba fazendo uma lista de possíveis nomes para o bebê, existe uma lista para nomear os ciclones tropicais. Ela foi criada na década de 50 pelo Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, quando um padrão de nomes foi desenvolvido em ordem alfabética, sendo sempre um nome feminino, seguido por um masculino (ou seja, nenhum Jack ou Rose do Titanic).
Hoje, essa lista de nomes é gerida e atualizada por uma agência de meteorologia da ONU (Organização das Nações Unidas), em Genebra, na Suíça.
Para evitar que o mesmo nome seja utilizado no mesmo ano, além da ordem nome de mulher, nome de homem, existe um padrão de nomenclatura para diversas regiões do mundo.
Isso explica Andres, Blanca, Carlos, Dolores, Enrique, Felicia, Guillermo, Hilda, Ignacio, Jimena, Kevin, Linda, Marty, Nora e Olaf, furacões que atingiram o Pacífico nesta última temporada.
E se você acha que a turma que dá nome aos furacões, ou melhor, faz a lista de nomes, tem uma imaginação sem fim, engana-se. A lista precisa ser atualizada a cada seis anos. Dessa maneira, o furacão Patrícia, o mais intenso furacão registrado e que atingiu o México em 2015, pode voltar e 2021. Talvez não na mesma intensidade (e torcemos para que não mesmo), mas novamente como “Pati”.
Entretanto, em casos como o de Katrina, que devastou Nova Orleans, nos Estados Unidos em 2005, ocasionando mais duas mil mortes, a agência da ONU achou por bem “aposentar” o nome.
Uma pesquisa da Universidade de Illinois realizada em 2014, identificou que nomes masculinos para furacões matam menos pessoas do que os ciclones que recebem nomes femininos. Segundo a pesquisa, isso acontece pois os nomes de mulheres são levados menos a sério e, por consequência, acabam tendo resultados mais desastrosos.