
Ciência
27/09/2019 às 13:00•2 min de leitura
O fato de os planetas Terra e Vênus serem tão diferentes, apesar de terem tamanhos similares e serem vizinhos no Sistema Solar, é intrigante. Vênus não é o planeta mais próximo do Sol, mas é o mais quente de todos: sua atmosfera é repleta de ácido sulfúrico e dióxido de carbono, gás que gera efeito-estufa, e sua superfície tem em média 450º Celsius (temperatura que derrete chumbo), ou seja, é um planeta totalmente inóspito.
Ele é tão inóspito que nem mesmo as sondas mandadas para lá sobrevivem. Venera 13, enviada pela União Soviética, foi a que durou mais tempo no planeta: chegou em março de 1982 e aguentou pouco mais de duas horas.
Tradicionalmente, cientistas afirmaram que Vênus não poderia ser habitável porque está perto demais do Sol. O aquecimento acelerado acerca da estrela central do Sistema Solar teria feito sua atmosfera e sua superfície aumentarem a temperatura a ponto de se tornarem tão quentes quanto seu interior e, com isso, todo o tectonismo do planeta teria sido neutralizado.
Contrariando este raciocínio, estudos recentes e simulações dos astrônomos Michael Way e Anthony Del Genio, apresentadas nesta semana em conferência na Suíça, revelam que há muita chance de Vênus ter sido habitável um dia, com água líquida e a capacidade de manter-se no ciclo de resfriamento, como nosso planeta azul.
(O potencial oceano de Vênus / NASA)
Segundo estas novas simulações propostas feiras por Way e Del Genio, em todos os cinco cenários estudados, onde Vênus possui oceanos globais com características diferentes — variando entre oceanos profundos, rasos ou presentes somente no subsolo do planeta — ele seria capaz de manter o equilíbrio do dióxido de carbono na atmosfera e manter a temperatura entre 20 e 50º. Ao evaporar, a água formaria nuvens que ajudariam a equilibar a temperatura e permaneceria na atmosfera.
O oceano de Vênus deveria estar lá até hoje, mas misteriosamente desapareceu cerca de 700 milhões de anos atrás. Provavelmente isso se deu por conta de uma grande liberação de carbono na atmosfera, resultado de erupções vulcânicas. O estranho é que este carbono não foi reabsorvido no magma do planeta, a lava secou e o tectonismo cessou rapidamente. Sem realizar o ciclo do carbono e se resfriar, nosso vizinho perdeu todo seu oceano durante o aquecimento global.
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