Artes/cultura
17/10/2019 às 12:30•1 min de leitura
Na última terça-feira, a NASA revelou novos protótipos de trajes espaciais que serão usados pela primeira mulher a caminhar na Lua.
Num evento realizado no quartel-general da agência espacial em Washington, o chefe Jim Bridenstine e os engenheiros responsáveis pelo traje promoveram o "desfile" dos dois trajes espaciais de nova geração, especialmente desenhados pelo Programa Artemis com o objetivo de vestir o próximo casal a visitar a Lua em 2024.
"Estaremos na Lua em 2024 e queremos que isso seja sustentável", afirmou o administrador Bridenstein, afirmando que a Lua será apenas um teste para preparar os astronautas para destinos bem mais distantes.
"Nossa meta atual é esta: iremos a Marte", reconheceu, "e, para irmos a Marte, precisaremos usar a Lua como nossa base de testes".
Os dois protótipos de trajes espaciais apresentados no evento da NASA foram projetados para uma missão tripulada à Lua dividida em duas partes. Uma, chamada de Unidade de Mobilidade Extraveicular de Exploração (xEMU), irá envolver o traje usado pela astronauta Kristine Davis, nas cores vermelha, branca e azul. A veste se destina à exploração da superfície lunar, em especial o chamado polo sul da Lua, principal alvo da próxima missão tripulada da NASA.
O outro traje, batizado de Sistema de Sobrevivência da Tripulação da Orion, é de cor laranja brilhante, pressurizado e desenhado para astronautas que forem lançados ao espaço na cápsula Orion para retorno à Terra. A roupa foi usada pelo engenheiro Dustin Gohmert.
A NASA demonstrou recentemente que os novos trajes espaciais irão permitir que os astronautos possam flexionar, agachar e levantar os braços acima da cabeça – movimentos então restritos nos antigos modelos.
"É o primeiro traje desenhado depois de 40 anos", afirmou Chris Hansen, gerente do gabinete de projeto de trajes espaciais. "Queremos sistemas que permitam aos nossos astronautas serem cientistas na superfície da Lua".
A engenheira-chefe do gabinete fez uma comparação: "Basicamente, o meu trabalho é pegar uma bola de basquete, formatá-la como um ser humano, mantê-las vivas num ambiente inóspito e dar-lhes mobilidade para fazer os seus trabalhos".