Estilo de vida
22/10/2019 às 12:00•1 min de leitura
De acordo com um grupo de cientistas, há material radioativo que ainda está sendo expelido das geleiras da Antártica, resultado de testes nucleares feitos anos atrás. Durante a Guerra Fria, mais precisamente entre as décadas de 1950 e 1960, os Estados Unidos fizeram uma série de testes nucleares no Oceano Pacífico, jogando vários isótopos radioativos artificiais de cloro (cloro-36) na estratosfera. Com o passar dos anos, esses elementos foram descendo e indo parar no gelo da Antártica.
Normalmente, esses elementos químicos somem após alguns anos, fato que não ocorreu nas camadas de gelo onde se aglomeraram. Esses resultados levam os cientistas a perceberem que as regiões do continente gelado funcionam de forma diferente de como eles entendiam, abrindo caminho para que novos estudos sejam feitos para compreender como funciona a atmosfera terrestre.
Antes que você entre em pânico e pense no perigo do material radioativo exposto assim como ocorreu no do desastre de Chernobyl, é preciso esclarecer que o cloro-36 é um elemento radioativo que ocorre naturalmente, sendo originado pela reação química de gases em contato com raios cósmicos ou, como no caso, gerado a partir de explosões nucleares. Tanto é comum que os cientistas usam esses isótopos para conseguir determinar a idade do gelo contido em determinada área do continente.
Além disso, a quantidade de radioatividade que está sendo liberada é baixíssima, atingindo de forma muito pequena o ambiente, sem representar um perigo para quem vive na região. Logo, a descoberta tem um valor positivo por representar uma nova maneira de os estudiosos perceberem como o cloro-36 age.
Por isso que entender como esse fenômeno ocorre é importante, já que ajudará os cientistas a aperfeiçoar o método de datação, tornando possível e precisa a compreensão de como o clima da Terra mudou durante os anos.