Ciência
11/11/2019 às 14:30•1 min de leitura
Pesquisadores ligados à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) e da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) encontraram um fóssil quase completo de um dinossauro predador datando cerca de 230 milhões de anos.
Apesar do esqueleto ter sido encontrado no ano de 2014, a pesquisa em si, elaborada por especialistas da USP e da UFSM, só foi publicada hoje. Quando o item foi encontrado, estava ainda muito incrustado na rocha. Posteriormente, ele atravessou um longo e apurado processo de limpeza.
A rocha contendo o fóssil, considerado um dos mais antigos dinossauros predadores do mundo, estava presente na cidade de São João do Polêsine, situada na região central do Rio Grande do Sul. O animal pertencia à espécie Gnathovorax cabreirai, que viveu há 230 milhões de anos, no chamado Período Triássico. Sua ossada se trata da mais preservada do país nessa categoria.
Por estar em um elevado nível de preservação, facilitou-se a utilização de tomografia computadorizada, o que possibilitou que o time de pesquisadores fosse capaz de conhecer a morfologia cerebral do dinossauro e assim se descobrir que ela era um predador e dos bem ativos.
A partir da análise do fóssil pôde-se concluir que ele tinha aproximadamente 1,80 m de altura e três metros de comprimento. Pode-se encontrar dentes em formato pontiagudo, contendo serrilhas. Além disso, apresenta garras longas nos dedos das patas dianteiras, com o intuito de auxiliar a pegar as presas.
O animal mais comumente caçado e comido por ele era o rincossauro, um tipo de réptil. Além disso, ele possuía uma excelente visão, um bom equilíbrio e mandíbulas bem fortes.
Os pesquisadores prosseguiram com os estudos para conhecer detalhes mais profundos sobre as características e possíveis comportamentos do dinossauro.