Artes/cultura
02/12/2019 às 10:40•2 min de leitura
Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) desenvolveram um equipamento que utiliza câmeras comuns para a identificação do câncer de pele. O dispositivo ainda está em fase de melhorias e obteve resultados preliminares de precisão de 99% dos casos.
O método utiliza câmera comum e envia a fotografia para um sistema que avalia a lesão a partir de base de dados. Assim, com uma série de imagens, é possível identificar lesão benigna ou maligna.
O projeto é experimental e não foi desenvolvido em escala comercial. Para isso, é necessário encontrar parcerias com empresas interessadas nas próximas etapas, certificação e registro.
Atualmente, é utilizado o dermoscópio para a avaliação da lesão, porém o equipamento necessita de treinamento para manuseio. Assim, o objetivo do projeto é facilitar a identificação do câncer de pele, com dermatologistas e demais profissionais da saúde utilizando a câmera comum chegando a conclusões de forma ágil.
O projeto foi iniciado em 2009 pelo professor Jacob Scharcanski do Instituto de Informática da UFRGS e alunos, o Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), a Universidade de Waterloo, no Canadá e empresas.
Segundo estimativa de 2018 do Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil são mais 160 mil novos casos de câncer de pele não melanoma anuais. Cerca de 33% dos diagnósticos de câncer, ou seja, o tumor mais incidente entre homens e mulheres. Na maioria dos casos curável, tendo um prognóstico bom quando diagnosticado e tratado em fase inicial.
Quanto ao melanoma, a incidência é baixa, dados apontam cerca de 6 mil novos casos anuais. Porém, é um tipo mais agressivo e sua letalidade é alta.
Segundo o INCA, alguns sintomas identificáveis são:
Lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente;
Pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce;
Mancha ou ferida que não cicatriza, continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
O uso do protetor solar é indispensável para evitar o câncer de pele. Além disso, como a doença pode ser difícil para a pessoa identificar, é fundamental a procura por profissionais da saúde.