Artes/cultura
03/12/2019 às 13:33•1 min de leitura
O trabalho dos arqueólogos e historiadores é entender o nosso passado, tarefa que continua se desdobrando ano após ano, com novos fósseis e evidências sendo descobertos o tempo todo. Dentre essas descobertas, há as espécies de humanos que vieram antes de nós, Homo Sapiens. Atualmente, sabemos que nove espécies habitaram o planeta há cerca de 300 mil anos, mas não há nada que impeça especialistas de encontrarem ainda mais variedade em nossa linhagem.
Apesar de terem vivido por muito tempo, todas essas espécies (exceto a nossa) já não existiam há 10 mil anos. O desaparecimento completo sugere uma extinção em massa, mas não há nenhum indício de catástrofe ambiental ou qualquer coisa que possa ter causado a morte de tantas pessoas. Nada além da presença de Homo Sapiens.
De acordo com um estudo publicado na revista Nature, o aumento dos humanos modernos sugere que foram eles — ou, nós, no caso — os responsáveis pelo sumiço gradual dos Neandertais, nossos parentes mais próximos. Não foi um evento repentino, assim como a extinção de outros mamíferos; o processo pode ter levado mais de 40 mil anos.
A causa para o que pode ser considerado um genocídio foi a própria natureza humana. Arqueólogos já encontraram evidências de lutas nas antigas espécies e não há razão para acreditar que o Homo Sapiens seria menos territorial ou violento. A diferença é que os humanos modernos descobriram meios de se organizar e criar estratégias de batalha, o que os colocaram um passo a frente dos Neadertais, ainda que por pouco.
Além disso, o aumento populacional continuou acontecendo rapidamente. Era necessário lutar por comida, abrigo e recursos para sobreviver. A extinção em massa de outra espécie humana não foi planejada, ao que tudo indica. Foi apenas natural.