Artes/cultura
04/12/2019 às 10:41•2 min de leitura
Mais um curioso e terrivel caso pelo mundo prova a importância da higiêne alimentar para o corpo humano. Após um jovem indiano de apenas 18 anos ter seu organismo infestado por tênias, larvas encontradas em estado primitivo nos intestinos de porcos, e uma enorme quantidade de ovos das larvas ser encontrada em uma norte-americana, após médicos confundirem, inicialmente, com um tumor, os parasitas da carne de porco voltam a chamar atenção.
A situação agora envolveu o chinês Zhu Zhongfa, de 46 anos, que teve contabilizado, em seu cérebro, mais de 700 larvas oriundas de carne de porco mal cozida. O caso foi identificado logo após o hospedeiro dar entrada no Hospital da Universidade de Zhejiang com diversos sintomas graves, como convulsões, com um mês passado desde o consumoda carne crua. Queixando-se de tonturas e fortes dores de cabeça, a ressonância magnética detectou, além das tênias, um alto grau de calcificação cerebral.
A análise médica registrou um quadro em que as centenas de larvas espalhadas pelo organismo do rapaz já estavam quantificadas na região do cérebro e pulmões. Foi então que, em conversa com a equipe médica, Zhu explicou o que havia consumido e o procedimento, confirmando que apenas mexeu a carne por pouco tempo, porém o "fundo do pote com o caldo picante estava vermelho, então não podia ver se a carne fora cozida completamente".
Foi então que, após o diálogo, o time médico confirmou suas suspeitas de que o rapaz apresentava sinal positivo para teníase, com a forte presença do verme Taenia solium, normalmente encontrado em carne de porco e que utiliza o corpo humano como hospedeiro. Além do próprio crescimento das tênias, a ingestão pode resultar em outra doença, a cisticercose, infecção causada pelo consumo de ovos do parasita.
O caso do chinês foi detectado a tempo de se tornar algo mais grave e está sendo tratado pelo médico Huang Jianrong. "Matamos as larvas usando medicamentos antiparasitários e prescrevemos remédios para proteger seus órgãos e reduzir os efeitos colaterais provocados pelo tratamento", comentou Jianrong para o AsiaWire. "A primeira fase do tratamento foi concluída após uma semana. Agora faremos mais testes."