Ciência
12/12/2019 às 07:30•2 min de leitura
Com o aumento da tecnologia e, por consequência, do poder de detecção de objetos no espaço, temos recebido diariamente notícias de algo incrível acontecendo no Universo. Dessa vez, a informação é realmente surpreendente, já que um grupo de cientistas chineses encontraram um buraco negro com uma massa tão grande – dentro da sua classificação – que beira o impossível.
Segundo a pesquisa do grupo chinês, foi encontrado um buraco negro de massa estelar com aproximadamente 70 vezes a massa do Sol, o que é muito, visto que esses tipos de buraco negro chegam a apenas 25 vezes a massa da nossa estrela. Um ponto interessante do objeto encontrado é que ele está relativamente perto da Terra, algo próximo a 13.800 anos-luz. Parece muito distante, mas se for levado em conta o diâmetro da Via Láctea, que mede próximo a 200 mil anos-luz, é bem perto.
Os buracos negros de massa estelar são gerados a partir da morte de estrelas gigantes. Tais estrelas possuem algo próximo a 8 vezes a massa do Sol e dão seu último suspiro num belo espetáculo espacial, uma explosão chamada de supernova. É dessa explosão que pode resultar num bom e velho buraco negro de massa estelar – lembrando ainda que existem as espécies de buracos negros de massa intermediária e supermassivos.
Como os buracos negros são difíceis de encontrar – já que não emitem luz –, a alternativa é achar um outro rastro deixado pelo temível objeto, que são os raios gama e os raios X. Esses raios são emitidos quando um buraco negro começa a se alimentar dos gases que o circundam, gerando uma atividade intensa e dramática para as estrelas ao redor, mas que gera uma ótima oportunidade para os nossos estudos.
Foi justamente usando a lógica de observar movimentos incomuns de corpos estelares que os cientistas resolveram olhar primeiro para outro objeto, uma estrela nomeada de LB-1, que dava a entender que orbitava um buraco negro a cada 79 dias. A partir disso, foi possível acompanhar o desenvolvimento e analisar o que esteva acontecendo naquelas redondezas, chegando à conclusão de que ali havia um buraco negro de massa estelar e que este possuía, aparentemente, 68 vezes a massa do Sol.
Ainda de acordo com os pesquisadores, levando em consideração a composição química da Via Láctea, as estrelas massivas não deveriam resultar num buraco negro tão maciço pois boa parte de seus gases deveriam ser levados pelos ventos estelares. Assim, para a comunidade científica, é preciso colocar mais uma vez as contas na ponta do lápis para entender essa nova disposição cósmica.