Artes/cultura
18/01/2020 às 14:00•2 min de leitura
Betelgeuse é uma estrela 1.400 vezes maior do que o Sol e algum dia vai explodir, mas os cientistas acreditam que ainda pode demorar um longo tempo até ela se tornar uma supernova. Quando acontecer, é provável que seja possível ver o fenômeno a olho nu, durante o dia e por algumas semanas ou até mesmo meses.
Uma supernova envia uma quantidade inimaginável de energia antes de finalmente desaparecer. Há algum tempo, os cientistas notaram que o brilho da estrela está diminuindo, mas observatórios em todo o mundo registraram uma diminuição drástica na luminosidade de Betelgeuse desde outubro deste ano.
Por ser extremamente brilhante, a estrela é fácil de ser encontrada no céu, o que contribuiu muito com as anotações e pesquisas feitas pelos cientistas desde o início da astronomia e permitiu descobrir que a Betelgeuse é uma estrela jovem, tendo aproximadamente 10 milhões de anos, enquanto o Sol tem 4,6 bilhões de anos de idade.
Isso não quer dizer que ela consiga viver tanto quanto o Sol, pois quanto mais vibrante a cor, mais rápido a estrela queima seus componentes, o que pode reduzir o período de vida dela mesmo sendo relativamente jovem.
Muitas estrelas morrem por conta do colapso com a sua própria força. Quando os gases hélio e hidrogênio são completamente consumidos, as estrelas começam a acumular elementos cada vez mais pesados em seus próprios núcleos, ficando cada vez mais quentes e densas, forçando a expulsão das camadas mais externas e gerando uma grande explosão, que é chamada de supernova pelo fato de espalhar resíduos da estrela pela galáxia.
Betelgeuse é uma estrela que faz parte da constelação de Orion e uma das mais brilhantes do céu. A mudança repentina em seu brilho sugere que ela pode estar morrendo, ou seja, próxima do momento da grande explosão.
Sarafina Nance, astrofísica da Universidade da Califórnia em Berkeley, explicou que esses ciclos de esmaecimento e brilho não são preocupantes, mas podem indicar que a estrela esteja passando por uma fase inédita no ciclo de vida.
Quanto à explosão e seus efeitos, levaria uma média de 6 milhões de anos para que a onda de energia ou qualquer resíduo possa chegar ao Sistema Solar, segundo os astrônomos.