Artes/cultura
22/01/2020 às 05:00•3 min de leitura
Você é do tipo que guarda as garrafinhas de água mineral para reutilizá-las depois, enchendo-as no bebedouro do trabalho, faculdade, academia etc.? Ou você simplesmente as descarta – de forma adequada, obviamente! – após consumir o conteúdo, pois, afinal, se trata de um material reciclável e que pode se transformar em lar de fungos e outros microrganismos se não for devidamente higienizado?
Independentemente de a qual turma você pertença, é possível que você já tenha se perguntado sobre o quanto desperdício e quantia de plásticos descartados é possível reduzir através do reuso das garrafinhas. Pois, estão começando a surgir bebedouros com “torneirinhas” específicas para facilitar a vida de quem não abre mão do refil – e inclusive uns que mostram quantas garrafas deixaram de ir para o lixo com base na frequência com a qual o dispenser é usado. E você quer saber o resultado?
Não, nós aqui do TecMundo não saímos fazendo estimativas e contas. Mas Rhett Allain, do site Wired, um cara que definitivamente adora números, fez – e vamos replicar os resultados e como Rhett chegou até eles para você. Segundo contou, na universidade em que trabalha, há um desses bebedouros com saída de água para encher garrafas que também informam quantas delas foram economizadas, e a verdade é que o cara não conseguiu resistir à tentação de fazer cálculos.
Digamos que o bebedouro informativo deixou Rhett meio obcecado, visto que, no decorrer de vários meses, ele se deu ao trabalho de checar a contagem de garrafas salvas 2 vezes ao dia! Enfim, a primeira observação realizada por Rhett foi de que o consumo da água era relativamente linear, apesar de ele não ter coletado informações aos finais de semana – por razões óbvias – e, durante o período em que o monitoramento dos dados aconteceu, ter havido feriados e o início das férias.
Ainda assim, Rhett conseguiu reunir dados suficientes para realizar as estimativas e concluiu que, mesmo com os altos e baixos registrados na utilização da saída para encher garrafas ao longo do período considerado – e sem que ele trabalhasse muito com os números –, uma média de 22,29 foram cheias todos os dias. Pode parecer pouco, mas estamos falando do quanto um único bebedouro em um único dia permitiria evitar em descarte de garrafinhas. Imagine no caso de milhões desses equipamentos!
Mas Rhett não sossegou com esses resultados e resolveu continuar brincando com os dados. Ele calculou que a taxa semanal no decorrer do semestre ficaria em torno de 35 garrafas de água por dia, e observou uma forte elevação na quantidade de refis na semana dos exames finais e com uma queda pronunciada logo após o término das provas. Rhett inclusive calculou a taxa do fluxo de água do bebedouro! Pois é... nós dissemos que ele curtia números…
De acordo com suas observações, o contador levava 8,5 segundos para contabilizar cada novo refil, o que significa que, segundo as contas de Rhett, a taxa é de 0,118 contagens por segundo. Além disso, o louco dos números mediu o volume de água liberado em cada contagem – 500 mililitros –, assim como a taxa do fluxo liberado pelo dispenser, cujo resultando foi 59 ml por segundo. E você, com base nesses números levantados por Rhett, conseguiria continuar com os cálculos e dizer, por exemplo, quanto tempo seria necessário para economizar 1 milhão de garrafinhas ou para encher uma piscina olímpica com o bebedouro? Vai que você também é fã de números também...
Quanto desperdício dá para evitar usando garrafas no bebedouro? via TecMundo