Coronavírus: pacientes recuperados podem se infectar novamente?

18/02/2020 às 07:002 min de leitura

O surto do novo coronavírus que surgiu na China e alcançou outros países pelo mundo resultou em mais de 43 mil pessoas infectadas. Um das notícias positivas é que o risco de mortalidade da doença foi menor do que o previsto pelos especialistas.

Prova disso está no número de pacientes que conseguiram se recuperar da doença, ficando totalmente curados. Estima-se que cerca de 4 mil pessoas infectadas já foram recuperadas e seguem livres do vírus – no entanto, os médicos tem alertado a população para o risco de reinfecção da doença, que pode ser real. 

Algumas doenças virais causam uma reação de defesa no organismo humano, fazendo com que ele crie uma certa resistência a determinado agente infeccioso e se torne imune. Isso é o que acontece com doenças como a catapora, a rubéola e o sarampo, que só são pegos uma vez na vida.

No entanto, o novo coronavírus funciona como a dengue e a gripe. Essa classe de doenças podem sim acometer o mesmo paciente mais de uma vez, isso graças a capacidade de mutação de seu agente viral.

A dengue, por exemplo, apresenta 4 sorotipos diferentes. Sendo assim, uma mesma pessoa pode passar pela doença até 4 vezes em sua vida, sendo a última a mais arriscada a ser o vírus que transmite a dengue hemorrágica, que muitas vezes pode levar a morte.

(Foto: Reprodução)

Reinfecção do coronavírus

Apesar da baixa mortalidade, os médicos tem alertado os pacientes recuperados a continuarem as medidas de proteção após a cura. Isso, porque, caso o vírus sofra alguma mutação, há grandes riscos de uma nova infecção.

Além disso, alguns pacientes podem apresentar quadros em que o próprio organismo não tenha desenvolvido uma defesa na primeira infecção. Ou seja, mesmo sem mutações, há o risco de reinfecção. 

Por ser uma doença nova, ainda não há estudos suficientes sobre o potencial de mutação do coronavírus. Até o momento, o vírus não tem apresentado variações relevantes – ainda assim, vale ressaltar que enquanto o surto permanecer, os cuidados são essenciais, principalmente para perfis de maior risco – como pessoas acima de 60 anos – que foram os mais afetados de forma mortal pela doença.

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