Ciência
02/03/2020 às 12:00•1 min de leitura
A sonda chinesa Chang'e 4 foi a primeira a fazer uma aterrissagem no lado escuro da Lua (o qual não consegue ser visto daqui da Terra). O pouso aconteceu ainda no dia 2 de janeiro, próximo à cratera Von Kármán, uma fissura tendo mais de 180 quilômetros de largura. De dentro dela, saiu o pequeno robô Yutu 2, já poucas horas após o pouso, e já deu uma pequena volta pela cratera, encontrando restos do que teria sido um oceano de lava que cobria toda a Lua.
O pequeno robô já enviou imagens com boa qualidade do lado escuro da Lua, o que revelou detalhes sobre a sua composição. Acredita-se que, pelas fotos, também será possível entender melhor como ocorreu uma colisão envolvendo a Lua e um asteroide há cerca de 3,2 bilhões de anos.
No último dia 26 de fevereiro, um artigo sobre o assunto foi publicado no jornal Science Advances descrevendo a estrutura que compõe a sujeira encontrada nas rodas da sonda, coletada já nos primeiros dias da operação. Foram encontradas três camadas distintas que compõem o solo e subsolo do local: a primeira é composta por um regolito lunar misturado com alguns pedaços de rochas. Depois, encontrou-se um solo mais granulado, enquanto que a última camada aparenta ser feita de faixas alternadas de composições mais grossas e finas, além de apresentar fragmentos de rochas de maneira alternada.
De acordo com Yan Su, pesquisadora dos Observatórios Nacionais da China: "é a primeira vez que obtemos uma estrutura detalhada dos diferentes estratos do terreno na face oculta da Lua".