Ciência
03/04/2020 às 14:12•2 min de leitura
A University of British Columbia, em Vancouver, publicou um estudo — conduzido pela equipe do Dr. Josef Penninger — que investiga um medicamento experimental que pode bloquear efetivamente as ações do novo coronavírus.
Segundo a pesquisa, publicada na revista Cell, que contou com diversos pesquisadores do mundo todo, um tratamento por meio do APN01 é capaz de interromper a infecção precoce da doença que vem atingindo quase 1 milhão de pessoas em nível internacional. O estudo traz uma esperança no tratamento para a covid-19 e fornece novas ideias sobre os principais aspectos do vírus e suas interações no nível celular.
(Fonte: Unsplash)
Penninger é professor da faculdade de medicina da UBC e também diretor do Instituto de Ciências da Vida. Em seus trabalhos anteriores, junto de colegas da Universidade de Toronto e do Instituto de Biologia Molecular de Viena, identificou que a proteína ACE2, também chamada de enzina conversora da angiotensina 2, pela primeira vez. Essa proteína está presente na superfície da membrana celular e desde então vem se tornando o foco dos pesquisadores em busca da cura para a covid-19.
O atual estudo fornece evidências diretas de que o medicamento investigado é útil no tratamento antiviral para a doença que assola o mundo atualmente. Os pesquisadores ainda irão testar sua eficácia em outros diversos ensaios clínicos com subsídio e auxílio de uma empresa européia de biotecnologia.
A falta de um medicamento efetivo para o controle da doença têm deixado o mundo todo em alerta e lotando hospitais, sendo a quarentena uma única forma de prevenção até o momento.
(Fonte: Unsplash)
“Esperamos que nossos resultados tenham implicações reais para o desenvolvimento de um novo medicamento para o tratamento dessa doença sem precedentes.", afirmou o professor que participa de pesquisas envolvendo genética na instituição pública canadense. Ele ainda argumenta sobre o novo coronavírus ser um irmão próximo do vírus da SARS, que infectou e matou diversas pessoas em nível global durante o começo dos anos 2000.
"Nosso trabalho anterior ajudou a identificar rapidamente o ACE2 como porta de entrada para o SARS-CoV-2, o que explica muito sobre a doença. Agora sabemos que uma forma solúvel de ACE2 que afasta o vírus pode ser de fato uma terapia efetiva que visa especificamente a porta que o vírus deve tomar para nos infectar. Há esperança para esta pandemia horrível", completa.