Artes/cultura
15/04/2020 às 12:00•2 min de leitura
Durante coletiva pela manhã de hoje (15) no Palácio do Planalto, o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, afirmou que cientistas brasileiros do Centro Nacional de Pesquisa em Energias e Materiais (CNPEM), em Campinas, caminham para uma nova fase de testes com um medicamento que demonstra ter cerca de 94% de eficácia em células infectadas pelo novo coronavírus. Além desse remédio, outro ainda está sendo analisado. O ministro também informou que o remédio será submetido a 500 pacientes nas próximas semanas.
No entanto, o nome do medicamento permanece em sigilo para que ninguém possa, desesperadamente, adquiri-lo em farmácias antes que as pesquisas sejam finalizadas. De acordo com as informações divulgadas por Pontes, o remédio tem custo baixo e já conta com distribuição ampla em todo o território nacional. Segundo o ministro, é esperado que os testes e os resultados já venham a público na primeira quinzena do mês de maio.
(Agência Brasil/Divulgação)
"[...] estou contando que esses testes clínicos realmente demonstrem a eficiência desse remédio, a probabilidade maior é essa. Considerando isso correto, a gente vai ter um tratamento com um medicamento que não tem praticamente efeitos colaterais", afirmou Pontes durante a coletiva de imprensa.
Nas outras informações divulgadas, também aparecem a facilidade que o medicamento teria de ser produzido por aqui, tendo em vista que os reagentes utilizados em sua composição estão presentes no Brasil — não deixando o país dependente de fornecedores internacionais. Para Pontes, tudo isso permite que testes sejam realizados com maior agilidade e infectados possam ter receitas ofertadas por médicos amplamente, fazendo sua recuperação em isolamento.
"Imaginando que tudo isso funcione, pois nós estamos entrando nos testes clínicos, vamos ter um medicamento, testes e a vacina. Esperamos no meio de maio ter uma ferramenta efetiva para combater essa pandemia no Brasil", destacou Pontes.
Para se chegar a esse medicamento, o estudo realizou testes em mais de 2 mil tipos de outros remédios para que fossem identificados mecanismos de ação que fossem capazes de acabar de vez com as proteínas fundamentais na replicação do vírus em células infectadas. Dessa forma, 6 moléculas com essa eficiência foram identificadas e submetidas a testes in vitro em laboratório. Dentre elas, 2 conseguiram inibir, de forma considerável, a anuência de novos vírus e podem trazer, de fato, a cura da doença.
Ainda segundo Pontes, diante dos ensaios clínicos, não há presença de efeitos colaterais. No Brasil, há pouco mais de 26 mil casos confirmados de covid-19, além de 1,5 mil mortes.