Ciência
27/04/2020 às 12:00•2 min de leitura
Uma equipe de engenheiros da Poli-USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo) criou um mecanismo de respiração que pode surgir como um grande colaborador para a indústria de produção de equipamentos médicos, atualmente preocupada com a possível escassez de recursos por conta da atual crise de saúde. Além disso, o ventilador pulmonar emergencial chama a atenção por conta de seu baixo custo em comparação com os respiradores tradicionais, economizando quase R$ 15 mil reais por produção unitária.
Além disso, o Inspire, como passou a ser conhecido por seus desenvolvedores, que custa cerca de R$ 1 mil para ser fabricado em apenas duas horas, já foi aprovado em testes realizados com humanos, restando apenas a autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para começar a ser utilizado em larga escapa em hospitais e centros de saúde e combate ao coronavírus.
(Fonte: Poli-USP/Divulgação)
Os testes iniciais foram realizados durantes os dias 17 a 19 de abril em quatro pacientes internados no Instituto do Coração (Incor), em São Paulo. Segundo noticiado pelo g1, os testes foram bem sucedidos, sem quaisquer tipos de "incoerências" apresentadas pelos pacientes e sendo aprovado em todos os seus modos de uso. O equipamento também foi eficiente ao ser utilizado em animais ao ser coordenado, durante os dias 13 e 14 de abril, por professoras da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ).
O respirador pode indicar uma excelente alternativa para o ambiente hospitalar e para a indústria nacional, já que utiliza apenas peças de fabricação brasileira para compor seu design final. Idealizado pelo professor Raul González Lima, da Poli, a ideia era "montar um equipamento que pudesse utilizar ao máximo componentes que já existem no mercado brasileiro, não dependendo muito de importação, e que pudéssemos acionar os fabricantes para aumentar sua produção”, juntamente a 40 pessoas das mais diversas áreas do conhecimento.
(Fonte: Poli-USP/Divulgação)
O equipamento também foi pensado para que pudesse ser fabricado por qualquer pessoa que tenha interesse e condições de construir um protótipo improvisado caseiro, sendo registrado em uma licença domínio público com seu processo produtivo facilmente acessível por todos, seja para consumo próprio, família ou como estratégia de vendas.
Todos os documentos já foram encaminhados à Anvisa e, em breve, novidades poderão estar surgindo sobre o Inspire.