Novo mapa geológico da Lua usa dados das missões Apollo

28/04/2020 às 03:002 min de leitura

Dados das missões Apollo ajudaram cientistas a criar o mapa geológico mais detalhado da Lua já visto até hoje. Cientistas do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), em colaboração com a NASA e o Instituto Planetário Lunar, foram os grandes responsáveis pela criação do mapa abrangente.

O novo mapa digital nomeado de "Mapa Geológico Unificado da Lua”, possui toda a superfície lunar mapeada em detalhes. Ele mostra todas as características da Lua, uniformemente classificadas. O mapa apresenta seus detalhes em uma escala de 1: 5.000.000 e pode ser acessado por meio desse link.

O que há de novo no mapa geológico da Lua?

Além de demarcar todos os pontos claros e escuros da superfície lunar, a pretensão deste mapa é poder ser utilizado como ferramenta educacional. Inclusive, ele pode ser imprescindível para futuras missões tripuladas à Lua.

O atual diretor da USGS e ex-astronauta da NASA Jim Reilly mencionou no comunicado sobre o novo mapa o fascínio de todos pela Lua e por um novo retorno à ela. "É maravilhoso ver o USGS criar um recurso que pode ajudar a NASA no planejamento de futuras missões", afirmou Reilly.

Novo mapa geológico da Lua. (Fonte: SPACE/ NASA/ USGS/ GSFC)Novo mapa geológico da Lua. (Fonte: SPACE/ NASA/ USGS/ GSFC)

O mapa é considerado abrangente pois reúne dados de estudos realizados durante as últimas cinco décadas. Também compõem o mapa os dados de recentes missões de satélites na Lua e aqueles coletados durante as missões Apollo, da NASA, ao redor da superfície lunar.

Outros dados recentes que foram utilizados são as medições de elevação feitas pela Terrain Camera durante a missão SELENE (Selenological and Engineering Explorer), da JAXA, e dados topográficos do instrumento Luneta Orbiter Laser Altimeter (LOLA), no instrumento Lunar Reconnaissance Orbiter da NASA.

Corey Fortezzo, principal autor do trabalho e geólogo do USGS, mencionou na mesma declaração que o trabalho realizado é um projeto de décadas. "Ele fornece informações vitais para novos estudos científicos, conectando a exploração de locais específicos na Lua com o restante da superfície lunar”, afirma Fortezzo.

A reunião de dados novos e antigos foi muito importante para a atualização do mapa criado na Era das Apollo. Os cientistas também criaram um método mais simplista e unificado para realizar a descrição das camadas rochosas, uma vez que, antes os mapas usavam diferentes nomes para tipos e camadas rochosas. 

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