Artes/cultura
06/05/2020 às 15:00•2 min de leitura
Pesquisadores do Centro Alemão de Primatas (DPZ) — Instituto Leibniz de Pesquisa de Primatas descobriram que a sequência do vírus causador da pandemia de covid-19 é clivada pela enzima celular furina, que ativa a proteína spike. A descoberta foi publicada na revista científica Molecular Cell, no dia 1º de maio. Mas o que isso significa?
Por meio dessa descoberta, é possível realizar um melhor direcionamento para os estudos que buscam uma vacina ou tratamento para a doença. Outra vantagem é a possibilidade de entender melhor como esse vírus atua nos animais e quais modificações são necessárias para se assemelhar ao tipo encontrado nos humanos.
Sequência de ativação do Sars-CoV-2 é descoberta por pesquisadores alemães. (Fonte: Pixabay / Divulgação)
A proteína spike é o principal intermediador entre o vírus e as células humanas, fazendo com que o microrganismo consiga atravessar mais facilmente as membranas celulares. Entretanto, essa proteína precisa passar por um processo de ativação, feito pela enzima furina durante a etapa de divisão celular (também chamado de clivagem ou S1/S2). Para que isso aconteça, o vírus tem uma sequência de ativação própria, que já foi descoberta pelos pesquisadores.
Agora, vai ser possível impedir que a furina ative a proteína spike, evitando que o Sars-CoV-2 seja disseminado no pulmão das vítimas, o que diminui seu impacto no corpo humano e acelera o tratamento dos sintomas da doença.
Além disso, a sequência também vai auxiliar na criação de vacinas contra a covid-19, pois a nova descoberta vai ajudar a manter a proliferação da doença ocasionada pela vacina em uma área controlada, sendo rapidamente combatida pelo sistema imunológico.
Descoberta da sequência de ativação do Sars-CoV-2 auxiliará na criação de uma vacina efetiva para a doença.(Fonte: Pixabay / Divulgação)