Artes/cultura
12/05/2020 às 13:00•2 min de leitura
Nesta terça-feira (12), a Organização Mundial da Saúde, que tem liderado vários esforços na busca de soluções para a covid-19, afirmou que alguns dos tratamentos pesquisados estão apresentando relativo sucesso no que diz respeito à diminuição dos sinais da doença, encurtando o período em que ela afeta o indivíduo infectado ou, ainda, limitando os níveis de gravidade.
Estudos dão novas esperanças, mas vacinas ainda podem estar longe
De acordo com Margaret Harris, porta-voz da OMS, há “alguns tratamentos que parecem estar em estudos muito iniciais, limitando a gravidade ou a duração da doença, mas não temos nada que possa matar ou parar o vírus”. A afirmação foi feita durante uma coletiva de imprensa realizada virtualmente.
Apesar das notícias positivas, a representante da OMS não detalhou sobre quais alternativas estava se referindo em seu comunicado. Entretanto, Harris aproveitou a oportunidade para chamar atenção para o que se tem esperado de uma possível vacina contra a covid-19.
A fala da porta-voz foi pontuada por uma referência, indireta e sem citar nomes, à lideranças mundiais que têm prometido vacinas e imunizações ainda para este ano. Margaret Harris, destacou que é muito difícil produzir vacinas e deu ênfase ao comportamento do vírus, o qual chamou de “traiçoeiro”.
Ao comentar os altos índices no Brasil e nos Estados Unidos, Harris se limitou a dizer que: “Em todo o mundo, vimos que os avisos que lançamos desde o início, muito, muito cedo, não eram vistos como alertas sobre doença letal grave.”
Há alguns dias, a revista médica especializada The Lancet publicou um artigo sobre uma pesquisa conduzida em Hong Kong demonstrando que os sintomas da covid-19 podiam ser amenizados por meio da combinação de três antivirais: o interferon beta-1b, o lopinavir-ritonavir e a ribavirina.
Porém, esse estudo, que envolveu 127 pessoas de seis hospitais diferentes, não abrange os pacientes em estados mais graves da doença — a melhora foi observada nos indivíduos infectados e classificados em níveis leve ou moderado.
A hidroxicloroquina e a cloroquina, que se tornaram populares como uma possível forma de tratamento para a covid-19, acabaram por se tornar um ponto sensível nas pesquisas, já que a maioria dos estudos realizados aponta para os baixos níveis de eficácia ou efeitos colaterais, que podem ser graves.
Por fim, as análises clínicas feitas com o remdesivir vêm despertando a atenção e dado bom ânimo à comunidade médica de acordo com os últimos estudos com resultados otimistas.