3 perguntas da OMS para se considerar antes de encerrar o isolamento

15/05/2020 às 13:002 min de leitura

Sair, encontrar os amigos, ir à pizzaria: são muitas as atividades que faziam parte da rotina e que se viram colocadas em segundo plano devido ao avanço da pandemia do coronavírus no mundo. Diante da incapacidade de dar conta de todas as ocorrências, o lockdown foi o último recurso imposto pelos governantes em algumas localidades na Europa, que agora enfrentam um novo dilema: como retomar as atividades? Como evitar que uma segunda onda de contágios possa tornar a aumentar os casos? São perguntas que envolvem respostas complexas, e mais do que isso, dependem do esforço de toda uma sociedade para exercerem algum efeito.

(Fonte: Unsplash)(Fonte: Unsplash)

A Organização Mundial da Saúde (OMS), buscando orientar o processo de retomada das atividades, tão necessário tendo em vista que o isolamento social implicou grandes prejuízos de ordem econômica, elaborou três perguntas-chave que devem ser consideradas pelos governantes antes da suspensão dos bloqueios de circulação de pessoas:

  • 1. A epidemia está sob controle?
  • 2. O sistema de saúde é capaz de lidar com o ressurgimento de casos que podem aparecer após o relaxamento das medidas de bloqueio?
  • 3. O sistema de saúde pública é capaz de detectar, rastrear e gerenciar os casos e mesmo de identificar ressurgimentos de casos do novo coronavírus?

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

As perguntas mostram a importância da avaliação das condições de cada região para lidar com o vírus, da coordenação entre diversos agentes públicos e privados e mesmo da eventual e necessária adaptação na retomada das atividades. Ainda que as respostas para as três perguntas da OMS apresentem um cenário otimista, de acordo com o órgão, é difícil conduzir o processo de liberação.

Em algumas localidades, como na Coreia do Sul e na província chinesa de Wuhan, novos casos de covid-19 foram diagnosticados após a imposição de medidas menos restritivas de circulação das pessoas, reforçando a ideia de que os governos locais deverão permanecer em constante alerta para conter as novas ocorrências.

Ainda de acordo com a OMS, não há nenhum estudo, até o momento, que comprove a tese da imunidade de rebanho, e justamente por isso, as medidas de prevenção e contenção do novo coronavírus na comunidade permanecem sendo primordiais para reduzir a propagação da doença e poupar vidas.

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