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21/05/2020 às 04:06•2 min de leitura
Embora a pandemia do coronavírus tenha infectado quase 5 milhões de pessoas no mundo todo e matando um número muito significativo — o Brasil já soma quase 18 mil mortes — ao menos algumas notícias boas podem surgir de vez em quando. Com a maioria das pessoas em casa em quarentena e lockdown decretado em algumas regiões, o impacto positivo com a queda na poluição é algo a ser celebrado.
E isso já pode ser visto em diversos lugares, como é o caso da cordilheira do Himalaia, na Ásia, que pôde ser visto novamente de uma região afastada, após quase 31 anos. Contudo, a pandemia tem atingido diversas regiões do mundo que são emissores frequentes do dióxido de carbono na atmosfera, contribuindo com o efeito estufa. Países como Estados Unidos, China e Rússia, além de muitos outros na Europa são apenas alguns dos citáveis que sofrem gradativamente com a infecção generalizada da covid-19.
(Fonte: Unsplash)
Um estudo publicado recentemente pela revista científica mensal Nature Climate Change, mostra a investigação de pesquisadores que analisaram políticas governamentais durante este período conturbado em que vivemos. Os especialistas exploraram a forma como essas políticas alteraram a demanda de energia no mundo todo, estabelecendo uma relação entre os dados obtidos recentemente e os que estavam disponíveis até o mês de abril.
“As emissões atingiram seu pico de declínio em 7 de abril, com uma queda de 17% em relação ao mesmo período do ano passado", relatou o Dr. Pep Canadell, pesquisador da Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO), órgão nacional para pesquisa científica na Austrália por meio de um comunicado acerca dos resultados do estudo. "Para colocar esse número em contexto, as emissões diárias caíram em média entre janeiro e abril em 8,6% novamente em comparação com o mesmo período do ano passado”, completou.
A mudança nessas emissões de poluentes vem em maior parte da redução no transporte terrestre. Com menos gastos em energia para esse setor, as emissões foram significativas. Além disso, apesar de uma boa parte da população mundial estar confinada dentro de casa, a energia gasta pelas pessoas é compensada pelos ganhos de outros setores.
Os dados analisaram 69 países que são responsáveis por 97% das emissões de CO2 para constatar a redução global. Em média, as emissões diárias diminuíram 26% por país.