Estilo de vida
26/05/2020 às 11:00•2 min de leitura
Pacientes infectados pelo novo coronavírus no Reino Unido poderão oficialmente ser tratados com o remdesivir. Esse medicamento, desenvolvido originalmente contra o Ebola, vinha sendo testado e apresentou resultados positivos no combate à covid-19.
De acordo com o Departamento de Saúde da Grã-Bretanha, mesmo com as perspectivas promissoras, há requisitos que os pacientes precisam cumprir para que sejam tratados com a droga.
Testes em laboratório com o remdesivir se mostraram promissores
Com isso, o remédio que atua destruindo parte do vírus de forma a impedir sua reprodução é o mais próximo de uma cura ou de um tratamento mais efetivo que os médicos dispõem na luta contra o novo coronavírus.
O governo do Reino Unido não deu maiores detalhes quanto aos critérios de uso ou como será a classificação de quem está apto a receber o remédio, cuja aplicação será feita apenas por médicos. Mas espera-se que os profissionais na linha de frente dos hospitais avaliem cada situação, isoladamente, analisando os benefícios para o paciente.
Os testes envolvendo o remdesivir apontaram que ele pode contribuir na aceleração do tempo de recuperação dos pacientes com covid-19. Segundo as autoridades de saúde britânicas, algumas pessoas podem ter uma redução de até quatro dias no período em que ficam doentes.
Para os cientistas, a aprovação do remdesivir foi bem recebida, mas chega quase que um mês depois da aprovação nos Estados Unidos, deixando o Reino Unido, mais uma vez, para trás na luta contra a pandemia, mesmo que seja por algumas semanas — isso sem contar que o aumento da capacidade de teste foi outro problema enfrentado, pois foi ampliada muito lentamente.
A expectativa, é de que o remdesivir já esteja disponível imediatamente para os pacientes da Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales.
Há vários outros medicamentos sendo testados em laboratório contra o coronavírus, incluindo alguns usados no tratamento da malária e do HIV.
Já a hidroxicloroquina, amplamente divulgada e defendida em alguns países, foi perdendo força pela falta de resultados, tanto que a própria OMS decidiu pela suspensão das pesquisas, isso depois que um estudo médico indicou que a droga pode aumentar o risco de morte, além de provocar complicações no ritmo cardíaco.