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01/06/2020 às 06:00•2 min de leitura
O HIV (Vírus de Imunodeficiência Humana), causador da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), é um dos vírus mais investigados e estudados do mundo, já que a doença causada por ele mata pessoas há anos e ainda não existe uma cura de fato ou vacina preventiva.
Recentemente foi descoberto que, talvez, as mutações que geraram o vírus da AIDS tenham começado muito antes do esperado. O primeiro caso registrado de infecção do vírus no mundo é do começo dos anos 1980, entretanto, uma pesquisa da Universidade Católica de Leuven (KU Leuven), na Bélgica; Universidade do Arizona, nos Estados Unidos; e outras entidades, descobriu uma amostra de 1966 que continha um genoma quase completo do HIV.
O estudo é produto de um trabalho feito por vários pesquisadores. Entre eles, três da Universidade do Arizona, dois da KU Leuven, dois da Universidade de Kinshasa, no Congo, e um membro da UCB Pharma, também na Bélgica. O trabalho foi publicado no periódico online Proceedings of the National Academy of Sciences.
(Fonte: Pexels)
A pesquisa foi feita com uma amostra de tecido colhida no ano de 1966, na região do Congo, onde foi confirmada a sequência de genoma do HIV mais antiga, superando uma de 1976 que havia sido encontrada no mesmo país. Essas sequências de genes antecessoras ao vírus da AIDS encontrado em 1983 auxiliam os cientistas a entender os momentos de mutação genética do HIV.
Descobrir as mutações e transformações de gene que o vírus sofreu ajudam os cientistas focados no HIV a rastrear a propagação dele e a encontrar o momento em que começou a infectar os humanos.
A cientista Sophie Gryseels, coautora do trabalho e pesquisadora de pós-doutorado em virologia evolutiva e computacional na KU Leuven, comentou que, na verdade, a data coincide com as especulações geradas pelas pesquisas que são feitas para entender melhor a evolução do HIV.
Segundo a virologista, a sequência encontrada no genoma de 1966 se encaixa muito bem na perspectiva dos pesquisadores sobre o momento do nascimento do vírus da AIDS, o que gerou um conforto e extrema gratificação entre os cientistas envolvidos.
(Fonte: Pexels)
O HIV é um retrovírus causador da AIDS, que é uma doença que ataca o sistema imunológico da pessoa, em especial os linfócitos T CD4+. Ser portador do HIV não quer dizer ter AIDS, porém o risco existe e pessoas podem ter o vírus por tempos antes de começar a apresentar os sintomas. Entretanto, ainda podem infectar os outros.
O HIV pode ser transmitido por meio de relações sexuais sem proteção, compartilhamento de seringas e, caso as medidas de prevenção não sejam tomadas, pode contaminar durante a gravidez ou amamentação.