Estilo de vida
05/06/2020 às 10:00•2 min de leitura
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a pandemia de coronavírus continua em curso no mundo todo e é preciso tomar cuidado com as medidas a serem tomadas pelos países. Entretanto, Jean-François Delfraissy, presidente do comitê científico francês, conselheiro do governo, afirmou que a pandemia em seu país está controlada e que a possibilidade de novos decretos de confinamento serem instaurados por lá por lá é extremamente baixa.
A declaração ocorreu nesta sexta-feira (05) por meio de uma entrevista à rádio France Inter. Delfraissy ressaltou ainda que isso não deve ocorrer mesmo que aconteça uma segunda onda de infecções na França. O país europeu anteriormente sofreu bastante, em março, com os números alarmantes de infectados que chegaram a ser de 80 mil por dia. Agora, a média de infecções caiu para mil casos sendo descobertos diariamente.
(Fonte: Unsplash)
Durante a entrevista, Delfraissy concordou indiretamente com o discurso da OMS — que disse que a pandemia só acabará quando não houver mais vestígios do vírus em qualquer lugar do mundo —, reconhecendo que o coronavírus continua circulando no território francês, sobretudo na região da capital Paris. O presidente do comitê científico francês, no entanto, destacou que a progressão do vírus se dá de forma muito lenta, já que os números com relação à sua incidência reduziram drasticamente no país.
Com essa afirmação, Delfraissy acrescentou que a França teria se equipado severamente com meios necessários e fundamentais para a detecção de novos casos. “Temos os testes, temos um sistema de isolamento e detecção de pessoas infectadas que nos permite evitar a propagação”, reforçou ele.
(Fonte: Unsplash)
O grupo de cientistas, que faz parte do comitê de conselho ao governo, conseguiu identificar quatro cenários diferentes com relação à evolução da pandemia. Essa identificação vai desde o controle da infecção até a sua “degradação crítica”, já ocorrida em março, segundo Delfraissy. Ele também afirma que o cenário atual da França é o primeiro, no qual o alastramento do vírus está controlado e tudo isso graças ao confinamento ocorrido por meio de decretos no país, como o lockdown.
Para o cientista, é extremamente difícil que, se o quarto cenário previsto pelo seu grupo esteja de volta, novas medidas de isolamento sejam decretadas na França, justamente por conta de diversas razões (econômicas, sociais e humanas) que afetam diretamente a sociedade. Nesse sentido, ele defendeu um isolamento voluntário por parte da população, sobretudo daqueles que estão mais vulneráveis, pertencentes a grupos de riscos.
“Agora sabemos que os jovens podem tolerar essa doença, podem ser infectados sem episódios graves. Podemos deixar o vírus circular entre a população mais jovem. Depois, há a população mais velha e mais frágil, as casas de repouso, que estão mais em risco”, concluiu sobre esse tópico.