Artes/cultura
08/06/2020 às 09:16•2 min de leitura
Sem novos casos há 17 dias, a Nova Zelândia é o primeiro país a decretar o fim do isolamento social. Contando com medidas rigorosas de distanciamento e com uma quarentena em que os cidadãos chegaram a passar duas semanas sem sair de casa, o território nacional já volta à abertura local irrestrita, fechado apenas para a entrada de estrangeiros.
"Enquanto estamos em uma posição mais segura e forte, ainda não há um caminho fácil de volta à vida pré-covid, mas a determinação e o foco que tivemos em nossa resposta à saúde agora serão investidos em nossa reconstrução econômica", disse a primeira-ministra Jacinda Ardern. "Enquanto o trabalho não está concluído, não há como negar que este é um marco. Então, posso terminar com um muito simples 'obrigado, Nova Zelândia'."
Dessa forma, com todas as restrições sócio-econômicas suspensas após quase quatro meses, o país retorna normalmente às atividades, com eventos públicos já sem limitações de pessoas, transportes e serviços reabertos e ativos e indústrias voltando à produção.
(Fonte: Getty Images/Reprodução)
A decisão foi amplamente divulgada após a confirmação de que o último paciente testado positivo para o coronavírus foi liberado nesta segunda-feira, dia 8, já não apresentando sintomas por 48 horas e marcando o final dos casos ativos desde 28 de fevereiro de 2020. "Não ter casos ativos pela primeira vez desde 28 de fevereiro é certamente um marco importante em nosso caminho, mas, como dissemos anteriormente, será essencial manter a vigilância contra a covid-19", concluiu Ashley Bloomfield, diretora do Ministério da Saúde neozelandês.
Apesar de ter zerado os casos virais no país, a ideia da "bolha social", projeto utilizado em larga escala para controlar o contato populacional durante a quarentena, será ampliado e contará com a união do território australiano, a fim de monitorar digitalmente, através de QR code, as movimentações entre os cidadãos, permitindo a rápida identificação de um potencial retorno da ameaça.
As boas notícias, porém, não são indicativos para o total relaxamento, já que evitar o retorno do contágio deverá ser, segundo palavras de Ardern, "um esforço sustentado", onde todos deverão manter os cuidados necessários para evitar riscos à saúde e a cautela deverá ser trabalhada diariamente para manter a ordem atual.
Com apenas 22 mortes desde fevereiro, o país é um exemplo no combate à pandemia.