Núcleo intacto de gigante gasoso é descoberto por astrônomos

03/07/2020 às 13:002 min de leitura

O Universo continua a surpreender astrônomos de todo o mundo. Em uma recente descoberta, pesquisadores encontraram o núcleo de um gigante gasoso maior que o planeta Júpiter. Os detalhes da novidade foram publicados na revista Nature.

A exploração que trouxe essa descoberta foi feita por astrônomos da Universidade de Warnick (Reino Unido) e lança uma perspectiva sem precedentes do interior de um planeta. De acordo com a equipe do departamento de física da universidade, o núcleo tem cerca de 43 mil km de diâmetro, o que o torna quase do tamanho de Netuno

Impressão artística do núcleo do tamanho de NetunoImpressão artística do núcleo do tamanho de Netuno

Chamado de TOI-849b, ele está localizado bem próximo de uma estrela que se parece muito com o nosso Sol, mas a uma distância aproximada de 730 anos-luz de distância de nós. Além disso, está tão perto da estrela hospedeira que sua temperatura ultrapassa os 1.500 °C e o ano dura somente 18 horas!

Tentativa falha de formar um planeta

Uma das alternativas estudadas pelos cientistas é de que o planeta estagnou durante seu processo de formação. Ou seja, chegou a construir um núcleo, mas não conseguiu agregar a quantidade de gás suficiente para mundos dessa categoria. 

Outro fato curioso, é que sua massa é de duas a três vezes maior que a de Netuno, porém, é extremamente densa e, por isso, todo o material foi compactado em um objeto quase que do mesmo tamanho.

O TOI 849b foi descoberto pelo TESS da NASA e analisado mais profundamente com o HARPS, instrumento usado pela equipe da universidade que lidera um programa de pesquisas no Observatório Europeu do Sul, situado em La Silla, no Chile, e que permite, dentre outras coisas, medir a oscilação e a massa de exoplanetas.

Sobre o que leva a saber que se trata de um núcleo e não de outra coisa, a equipe responsável pela descoberta aponta que era de se esperar que “um planeta tão massivo tivesse acumulado grandes quantidades de hidrogênio e hélio quando se formou, tornando-se algo semelhante a Júpiter. O fato de que não vemos esses gases nos permite saber que esse é um núcleo planetário exposto”. 

Além disso, os astrônomos destacam que “é a primeira vez que descobrimos um núcleo intacto exposto de um gigante gasoso ao redor de uma estrela".

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