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10/07/2020 às 09:00•2 min de leitura
A sonda InSight, da NASA, tem encontrado dificuldades para escavar a superfície de Marte nas últimas semanas. Imagens do Pacote de Fluxo de Calor e Propriedades Físicas (HP3), utilizado na penetração do solo, indicam que o aparelho tenha ficado preso próximo ao chão.
De acordo com a empresa espacial americana, o instrumento de perfuração da sonda foi desenhado para cavar seu caminho até 3 metros de profundida do solo de Marte, mas tem tido problemas desde o início de sua operação em 2019. Propriedades estranhas no terreno de aterrissagem da sonda foram responsáveis por estagnar a performance do aparelho, informou a NASA.
(Fonte: NASA)
A equipe que trabalha nos bastires do projeto InSight não tem conseguido identificar com precisão a real situação momentânea da sonda. Na terça-feira (7), funcionários da NASA relataram que uma concha acoplada no fim do braço robótico da sonda tem bloqueado a visão sobre a toupeira nos últimos dias.
O time informou que a sonda InSight aparece martelando o solo durante a sessão de gravações no dia 20 de Junho, enquanto pedaços de terra se movimentam próximos à concha. Durante a escavação, o aparelho começou a quicar na mesma posição, o que pode ter deslocado a concha de sua posição original.
Ao longo das próximas semanas, os envolvidos na missão devem trabalhar remotamente para remover a concha do caminho e liberar a visão sobre a toupeira e sua toca. Dessa forma, os pesquisadores podem se planejar para a retomada das escavações no solo de Marte.
Os engenheiros da InSight também pretendem utilizar a câmera para checar os painéis solares que abastecem a sonda e obter respostas sobre como anda o sistema de energia do aparelho.
(Fonte: NASA)
A HP3 é uma ferramenta fornecida pelo Centro Aeroespacial Alemão a NASA e faz parte de uma das duas tecnologias utilizadas para a análise do solo da sonda InSight. Além dela, o aparelho conta com um sismômetro desenvolvido pela Agência Espacial Francesa.
O sismômetro é um dispositivo capaz de identificar mais de 480 sinais sísmicos diferentes, tais quais os dos chamados "martemotos" — terremotos de Marte. A análise desses dados permite aos cientistas compreender as variações atmosféricas encontradas no Planeta Vermelho.
Desde Novembro de 2018, quando pousou em Marte, a Insight estabeleceu território para coletar informações sobre o interior do planeta. Cientistas acreditam que esse procedimento é essencial para o entendimento das estruturas, evolução e formação de planetas rochosos.