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14/07/2020 às 02:00•2 min de leitura
Ao contrário do que se viu na famosa cena em que Dennis Nedry (Wayne Knight) era atacado por um dilofossauro em Jurassic Park, o animal seria menos parecido com um lagarto e mais próximo de uma ave na vida real. A conclusão é de um estudo publicado no Journal of Paleontology, da Universidade de Cambridge.
Medindo por volta de seis metros de comprimento, o dilofossauro era o maior animal terrestre do seu tempo, durante o período Jurássico inferior, há 183 milhões de anos.
O principal autor da pesquisa, Adam Marsh, ressalta que "até este estudo, ninguém sabia como os dilofossauros pareciam ou como evoluíram." Marsh analisou cinco dos espécimes mais completos dos dilofossauros, além de duas amostras não estudadas previamente.
Um dos espécimes mais antigos, que serviu como base para as teorias sobre os dilofossauros, foi recriado em gesso. No entanto, o artigo de 1954 que o descrevia não era muito acurado, o que tornou complicado extrair muita coisa dessa recriação.
Essas descrições anteriores contribuíram para a imagem formada do dilofossauro em Jurassic Park. O animal era descrito como uma criatura de mandíbula fraca e uma crista frágil em torno do rosto, o que Marsh acredita que pode ter influenciado a ideia do dinossauro cuspir veneno no longa.
Os pesquisadores descobriram que os maxilares dos animais serviam como andaimes para os músculos fortes ao redor do rosto, o que torna a sua aparência bem diferente da retratada com babados no filme.
Um dos fatores mais surpreendentes do estudo é a semelhança dos dilofossauros com as aves. A investigação mostrou que os ossos desses dinossauros eram pneumáticos, o que significa que tinham bolsas de ar. Isso indica que o animal tinha um sistema esquelético muito leve, característica de muitas aves dos dias atuais.
Os ossos pneumáticos ajudam as aves a inflar a pele elástica no período dos acasalamentos, além de ajudá-las também a esfriar, liberando sons estrondosos facilitados pela acústica dos seus ossos carregados de ar.
Os espécimes analisados foram encontrados no Arizona e pertencem ao povo Navajo. Dois deles são mantidos pelo Jackson School Museum of Earth History.